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Avicultura teme piora das exportações

<p>As exportações caíram no primeiro semestre, reflexo do temor dos consumidores em relação à gripe aviária.</p>

Redação (13/07/06) – O registro de um foco da doença de Newcastle em uma granja de subsistência localizada no município de Vale Real, pode prejudicar as exportações brasileiras de frango. “O caso de Newcastle pode ser um complicador adicional”, avaliou o assessor da Comissão Nacional de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Donizeti Beraldo.

Ele não quantificou o prejuízo.O caso foi diagnosticado na semana passada. Até o momento, o Ministério da Agricultura só confirmou o embargo imposto por Nova Caledônia, uma colônia francesa na Oceania, ao frango brasileiro. A União Européia (UE) barrou temporariamente as compras de aves vivas e carne de avestruz, vendas que rendem pouco ao País.

O ministério ainda não foi notificado oficialmente do embargo imposto pela Argentina ao frango gaúcho, anunciado em Buenos Aires. Novos embargos podem prejudicar ainda mais o comércio de frango. As exportações caíram no primeiro semestre devido à queda no consumo na Europa, principal mercado para o produto brasileiro, reflexo do temor dos consumidores em relação à gripe aviária, explicou Beraldo.

Números divulgados pela CNA mostram que as vendas caíram 4,1% em receita, de US$ 1,522 bilhão para US$ 1,459 bilhão. A quantidade exportada caiu 8,2%, de 1,351 milhão de toneladas para 1,241 milhão de toneladas.A expectativa sobre os resultados das análises do material recolhido de galinhas da comunidade Forqueta Baixa, interior do município de Vale Real, deverá se manter até o final de semana.

Apesar do prazo inicial para divulgação dos primeiros laudos ter expirado ontem, até a noite de quarta-feira o Ministério da Agricultura não havia recebido nenhum exame, o que deverá ocorrer apenas nos próximos dias.Segundo o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, havia sido estipulado o prazo para quarta-feira. “Mas os técnicos que estão fazendo as análises no Estado e em São Paulo me explicaram que o processo científico que está sendo feito é mais demorado do que eu imaginava.”