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Bahia amplia vazio sanitário e estabelece calendário para cultivo da soja

O vazio sanitário na Bahia é ampliado de 60 para 99 dias: de 01 de julho a 07 de outubro

Bahia amplia vazio sanitário e estabelece calendário para cultivo da soja

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) publicou a Portaria n° 235, de 15 de agosto de 2017, que modifica o período de vazio sanitário para a cultura da soja na Bahia e define data-limite para semeadura. A partir dessa normativa, o vazio sanitário na Bahia é ampliado de 60 para 99 dias: de 01 de julho a 07 de outubro.

De acordo com a Embrapa, o vazio sanitário é o período de, no mínimo, 60 dias sem plantas de soja no campo, cultivadas ou voluntárias. No Brasil, 12 estados e o Distrito Federal adotam essa medida, estabelecida por meio de normativas. Segundo a pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja o objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra.

Outra mudança com a publicação da Portaria pela Adab é o calendário de semeadura para a cultura da soja. A partir de 2018, na Bahia, a semeadura da soja deverá ser realizada entre 08 de outubro e 15 de janeiro. Da mesma forma que no Paraná e no Mato Grosso, na Bahia passa a ser proibida a semeadura da soja sobre soja, conhecida popularmente como soja-safrinha.
A calendarização da semeadura da soja, segundo a Embrapa, é a determinação de data-limite para semear a soja na safra. Essa medida foi estabelecida também por normativas estaduais, mas por seis estados produtores de soja, até o momento: Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Tocantins e Bahia.

Para a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, o objetivo da calendarização é reduzir o número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e com isso reduzir a pressão de seleção de resistência do fungo aos fungicidas. “Populações menos sensíveis a fungicidas inibidores da desmetilação (IDM ou “triazóis”), inibidores de quinona externa (IQe ou “estrobilurinas”) e inibidores da succinato desidrogenase (ISDH ou “carboxamidas”) já foram observadas no campo”, explica a pesquisadora.