Nos sete primeiros meses deste ano, a balança comercial das cooperativas brasileiras apresentou saldo positivo de US$ 3 bilhões. O resultado é recorde e supera em 33,5% o do mesmo período de 2010. A corrente de comércio entre janeiro e julho de 2011 soma US$ 3,4 bilhões e expansão de 32,8% em relação aos sete primeiros meses de 2010.
As exportações das cooperativas brasileiras registraram crescimento de 33,1% sobre igual período de 2010, alcançando US$ 3,2 bilhões. A participação das cooperativas na pauta total de exportações passou de 1,9%, em 2005, para 2,3% em 2011.
As importações das cooperativas brasileiras cresceram 27,6% e passaram de US$ 147,6 milhões, de janeiro a julho de 2010, para US$ 188,3 milhões, no mesmo período de 2011.
Os dados fazem parte da balança comercial brasileira das cooperativas, um estudo produzido mensalmente pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e divulgado em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Maior comprador
Em julho, na série acumulada das vendas ao mercado externo de 2011, a China (com US$ 361,7 milhões, representando 11,1% do total), ultrapassou a Alemanha (US$ 329,8 milhões ou 10,1%) como principal mercado de destino das exportações brasileiras do setor. Ao final de 2010, o país asiático foi também o principal mercado de destino das exportações. Na sequência, na série acumulada de 2011, estão: Emirados Árabes Unidos (US$ 328,1 milhões, 10%); Estados Unidos (US$ 238,5 milhões, 7,3%); e Países Baixos (US$ 173,9 milhões, 5,3%).
Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas no intervalo janeiro-julho de 2011 destacaram-se: açúcar refinado (com vendas de US$ 567,9 milhões, o que representa 17,4% do total exportado); café em grãos (US$ 413,4 milhões; ou 12,7%) e soja em grão (US$ 408,4 milhões; ou 12,5%).
O Paraná foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, com US$ 1,1 bilhão, o equivalente a 34,5% do total das vendas desse segmento. Em seguida aparecem São Paulo (US$ 1 bilhão, ou 32,8%); Minas Gerais (US$ 418,5 milhões, ou 12,8%); Rio Grande do Sul (US$ 268,4 milhões, ou 8,2%) e Santa Catarina (US$ 153,4 milhões, ou 4,7%).
Principal importador
Os principais produtos importados pelas cooperativas, nos primeiros sete meses de 2011, foram: cloreto de potássio (com compras de US$ 33,3 milhões, representando 17,7% do total); cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, ou 12,6%) e malte não torrado (US$ 17,7 milhões, ou 9,4%).
As principais origens das aquisições das cooperativas brasileiras foram: Argentina (compras de US$ 36,7 milhões, o que representa 19,5% do total); Alemanha (US$ 33,2 milhões, 17,6%); Rússia (US$ 13,3 milhões, 7%); Estados Unidos (US$ 12,5 milhões, 6,7%); e Canadá (US$ 12,5 milhões, 6,7%).
O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 95,7 milhões, o que corresponde a 50,8% do total das compras desse segmento. Em seguida, vêm São Paulo (US$ 27,4 milhões, 14,6%); Santa Catarina (US$ 24,7 milhões, 13,1%); Goiás (US$ 14,6 milhões, 7,7%) e Rio Grande do Sul (US$ 12,8 milhões, 6,8%).
O estudo completo está disponível no endereço: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3285&refr=3186