A balança comercial brasileira teve superávit (exportações maiores que importações) de US$ 3,8 bilhões em setembro. É o melhor resultado para esse mês desde 2006. No ano, a balança acumula saldo positivo de US$ 36,2 bilhões, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989.
No acumulado janeiro-setembro de 2016, as exportações de produtos básicos caíram 9,1% e a de manufaturados, 1,4%. As vendas para o exterior de semimanufaturados, por sua vez, aumentaram 4%. Com relação à exportação de produtos básicos, houve diminuição de receita da carne de frango (-4,6%), soja em grão (-4,4%) e carne bovina (-2,8%). Por outro lado, cresceram as vendas de milho em grão (+42,3%), algodão em bruto (+19,6%) e carne suína (+10,3%).
A expectativa do governo é que a balança encerre 2016 com superávit entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. Caso se confirme, pode haver recorde em relação ao melhor saldo anual já registrado, em 2006, quando a balança fechou positiva em US$ 46,4 bilhões.
Os dados foram divulgados hoje (03/10) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O resultado positivo de setembro derivou de US$ 15,79 bilhões em exportações e US$ 11,987 bilhões em importações.
As vendas externas caíram 2,2% sobre setembro de 2015, mas subiram 1,8% em relação a agosto deste ano, segundo o critério da média diária, que mede o valor negociado por dia útil.
Do lado das compras do Brasil no exterior, houve queda de 9,2% no volume diário negociado na comparação com setembro de 2015. As importações cresceram 2,2% em relação a agosto de 2016.
No ano, o Brasil exportou US$ 139,4 bilhões, ou 4,6% menos que em igual período de 2015. De janeiro a setembro, o país importou US$ 103,2 bilhões, o que representa 23,9% menos do que nos nove primeiros meses do ano passado.
Nas importações, as principais quedas foram nas compras de combustíveis e lubrificantes (-43,7%), bens de consumo (-24,5%), bens de capital (-22,2%) e bens intermediários (-20,1%).
Principais destinos
No acumulado no ano, os principais países de origem das importações brasileiras foram, pela ordem: Estados Unidos (US$ 17,7 bilhões), China (US$ 17,5 bilhões), Alemanha (US$ 7 bilhões), Argentina (US$ 6,6 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 4,4 bilhões).
Já os principais destinos das vendas brasileiras foram: China (US$ 30,0 bilhões), Estados Unidos (US$ 17,1 bilhões), Argentina (US$ 9,9 bilhões), Países Baixos (US$ 7,9 bilhões) e Alemanha (US$ 3,6 bilhões).