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Basf prevê ganho de rendimento no Brasil

Empresa acredita que o País vai superar os Estados Unidos na produtividade da soja em cinco anos.

A Basf aposta suas fichas no aumento da produção de grãos na América Latina, especialmente no Brasil, para sustentar o crescimento de sua divisão de defensivos agrícolas. No ano passado, a multinacional alemã registrou um faturamento global de € 3,64 bilhões em sua área de proteção de cultivos, 7% superior ao de 2008. Desse total, a América Latina foi responsável por € 838 milhões, abocanhando uma fatia de 23%. Em apenas um ano, a região adicionou € 69 milhões na receita mundial da companhia.

A expectativa é tão grande que a empresa projeta um aumento na produtividade de soja no Brasil dos mais expressivos, capaz de superar o rendimento das lavouras americanas. A produtividade da soja nos Estados Unidos está praticamente estável em 2.950 quilos por hectare, e a Basf estima que, nos próximos cinco anos, o Brasil deixará para trás os atuais 2.900 quilos por hectare para superar os americanos e se consolidar na liderança nesta frente.

A empresa não revela com que perspectiva de crescimento trabalha para a região nos próximos anos, mas, segundo Walter Dissinger, vice-presidente de proteção de cultivos da Basf para a América Latina, o avanço das vendas acontecerá não apenas com novos produtos, mas, principalmente em serviços. Nesse sentido, a Basf pretende iniciar em 2010 a criação da primeira biblioteca vegetal no Brasil e colocar à disposição de seus parceiros um equipamento para avaliar as condições ambientais e informar o melhor momento para a aplicação de defensivos.

Já nos transgênicos – mercado no qual entrou por meio do lançamento de uma soja geneticamente modificada em parceria com a Embrapa – a Basf pretende adotar uma estratégia diferente da de algumas de suas concorrentes, como a Monsanto. Enquanto a multinacional americana tem na venda de sementes mais da metade de seu faturamento, o conglomerado alemão pretende tocar o segmento de sementes transgênicas separadamente, como uma unidade de negócios diferenciada.

“Olhamos essa tendência em outras empresas, mas apenas para adotar estratégias diferenciadas. Tratamos os transgênicos como um negócio diferenciado, mas aproveitando as sinergias existentes com os defensivos. Nosso foco é a área de químicos”, afirma Markus Heldt, presidente global da divisão de proteção de cultivos da Basf.