Redação (29/09/06)- A superintendência regional do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso confirmou que conclui o processo de análise dos pedidos de renegociação das dívidas agrícolas das safras 04/05 e 05/06 hoje. O superintendente em exercício, Anízio Carossinni, alerta que as condições para a recomposição não mudaram. Na quarta-feira, durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), foi aprovada a dilatação do prazo para as renegociações das dívidas rurais. Ao invés do dia 29 (hoje), os bancos ganharam mais 30 dias para conclusão do processo, ou seja, até o dia 31 outubro.
Apenas existe um prazo a mais para que as instituições financeiras contabilizem este processo. Na verdade este prazo adicional vale mais para o produtor do que para o banco. Quem protocolou o pedido de renegociação terá mais 30 dias para apresentar os documentos exigidos e as garantias, afirma. Carossini aponta que muitos produtores ainda não compareceram ao BB para concluir o processo de recomposição. A agilidade nesta negociação depende também do produtor.
Questionado se a extensão do prazo não atrasa o plantio da nova safra, Carossini diz que de fato o prazo a mais acaba prejudicando os dois lados: banco e os produtores. O plantio da safra 06/07 de soja no Mato Grosso foi iniciado no dia 16 de setembro, no município de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) e na última terça-feira se estendeu às lavouras de Sinop (503 quilômetros ao Norte de Cuiabá).
O superintendente em exercício não quis passar números parciais sobre o volume de análises concluídas até ontem e nem os volumes devidos já renegociados. Ele disse que na próxima segunda-feira, com a conclusão das análises, será possível atualizar as informações, inclusive, ele se comprometeu a anunciar as cifras liberadas ao custeio desta nova safra no Estado.
Até o início da segunda quinzena deste mês, a superintendência regional do BB já havia analisado cerca de 65% do montante devido pelos produtores mato-grossenses. Foram 12 mil pedidos de renegociação de dívidas dos produtores rurais que somam R$ 900 milhões volume já prorrogado -, de uma dívida total de R$ 2,3 bilhões passíveis de repactuação em 21,7 mil contratos.