Os recursos liberados pelo Banco do Brasil para a agricultura empresarial e familiar mato-grossense diminuíram 5,98% na safra 2010/2011 em relação a temporada anterior (até 30 de novembro). No total, os empréstimos para custeio, investimento e comercialização da produção reduziu de R$ 1,17 bilhão no ano passado para R$ 1,10 bilhão este ano. No setor agroempresarial, o desempenho negativo foi puxado pela queda nos recursos utilizados para a comercialização da safra, que diminuiu 50,5%, de R$ 183,2 milhões para R$ 90,6 milhões.
Para o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, a tomada dos valores foi inferior ao registrado no ano passado porque os preços dos produtos neste ano estavam mais interessantes para o produtor. “Quando o agricultor não quer vender a produção porque o preço está baixo, a alternativa é optar pelo financiamento da comercialização”.
Para investimento, o segmento agroempresarial totaliza liberações de R$ 113,8 milhões neste ano, que representa uma queda de 28% no que foi disponibilizado no ano anterior, de R$ 159,3 milhões. Por outro lado, os financiamentos para custeio da safra aumentaram 10,14%, ou seja, de R$ 734,7 milhões para R$ 809,2 milhões.
Fávaro acrescenta que os recursos liberados pelas instituições bancárias para custeio da safra são insignificantes em relação à demanda que existe em Mato Grosso. Quanto aos investimentos, ele explica que ao reduzir a inadimplência no setor, a procura pela liberação dos recursos será retomada.
Conforme o Banco do Brasil em Mato Grosso, na agricultura familiar os empréstimos para custeio cresceram 19%. O valor liberado para esta finalidade aumentou de R$ 25,9 milhões para R$ 30,9 milhões na safra 2010/2011. Neste mesmo setor, os financiamentos para investimentos na safra diminuíram 22,8%, baixando de R$ 75 milhões para R$ 57,9 milhões neste temporada.