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Economia

BB Rural

Banco do Brasil vai liberar mais crédito rural do que o previsto. Desembolso pode ser até 25% superior à projeção inicial de R$ 39,5 bilhões.

A forte demanda por crédito rural deve levar o Banco do Brasil a fechar o atual ano-safra (2009/2010), em junho, com um desembolso até 25% superior à projeção inicial de R$ 39,5 bilhões. Nos primeiros oito meses da safra, o banco já financiou R$ 24,4 bilhões no campo. Ao fim do ano-safra, o desembolso deve chegar a R$ 49,5 bilhões.

Principal financiador do setor rural, com uma fatia de 60% do crédito rural, o BB registrou elevação de R$ 3,8 bilhões nesses empréstimos até fevereiro – 18,3% acima do realizado no mesmo período da safra 2008/2009. “Esperamos um salto significativo nos investimentos e na comercialização da safra. Devemos fechar entre 20% e 25% acima do previsto inicialmente”, diz o diretor de Agronegócios do BB, José Carlos Vaz.

Até o momento, a demanda adicional do campo foi puxada pelas linhas de custeio, Proger Rural (médios produtores), Funcafé (cafeicultores) e de Cédulas de Produto Rural (CPRs). Houve um expressivo avanço na área plantada que foi financiada pela instituição em soja, milho e arroz – que cresceu 45%. O banco também registrou aumento na produção das mesmas culturas (37%) financiadas pela instituição.

Os empréstimos para investimento no campo saltaram 52% na agricultura empresarial e 84% no segmento familiar. Até fevereiro, foram desembolsados R$ 18,3 bilhões na agricultura empresarial, em operações de custeio, investimento e comercialização – resultado 16,3% superior à safra anterior. As operações de custeio, cuja fatia no financiamento da safra supera 67% do total, somaram R$ 16,4 bilhões no período.

Empurrado pela busca de recursos para investimento, o segmento familiar contratou R$ 6,06 bilhões em operações de custeio e investimento – 25% acima do que foi registrado na temporada anterior. Apenas em investimentos, os produtores familiares consumiram R$ 2,58 bilhões, o que significou um crescimento expressivo de 84%.

As operações para produtores de médio porte ficaram entre as que mais se expandiram, segundo informações do banco. O Proger Rural, linha que atende este público, aumentou mais de sete vezes, somando R$ 1,8 bilhão em mais de 38,4 mil contratos realizados.

No segmento familiar, o Programa Mais Alimentos demandou R$ 1,1 bilhão em 24,6 mil operações. Esse programa foi criado na safra 2008/09 e financia a modernização de maquinários para a agricultura familiar. O prazo de carência dessa linha – que financia o valor de até R$ 100 mil – é de três anos e as taxas de juros são de 2% ao ano.