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Comércio

Bloqueio comercial gera queda na produção de frangos no Tocantins

Pará e Maranhão colocaram barreira que impede entrada dos animais vivos.<br />Medida afetou o estado por ser um dos principais fornecedores de aves.

Um bloqueio comercial por parte do Pará e Maranhão, está causando a redução da produção de frangos no Tocantins. Os estados colocaram uma barreira sanitária que impede a entrada dos animais vivos, vindos de qualquer estado do país.

A medida afetou diretamente o Tocantins, por ser um dos principais fornecedores de aves para o mercado informal dos estados vizinhos.

As portarias têm como justificativa uma medida de saúde pública, por causa do risco de contaminação das aves durante o transporte. A entrada está liberada apenas para frangos congelados.

Produção
Uma granja que fica a pouco mais de 20 km da cidade de Darcinópolis, no norte do Tocantins, possui 10 galpões, que comportam até 30 mil pintos. Os animais ficam no local até completarem 45 dias de vida, quando ficam com o peso ideal para o abate.

O produtor Edson Negreiro faz parte da segunda geração da família, que está nesse negócio, mas nos últimos meses tem enfrentado um grande problema.

“Antigamente a gente alojava 30 mil frangos em um aviário. Hoje caiu consideravelmente para 25 mil aves.”

Impacto

Com o frigorífico vendendo menos, os produtores também são impactados, já que a venda de frangos vivos seria uma estratégia para alcançar as metas de crescimento.

“A ideia, no futuro, é fazer esse produto com valor agregado, usar o abatedouro de alto nível tecnológico, atender o mercado nacional e a exportação, aproveitando a oportunidade escoar, até chegar o momento de abater 150 mil aves, por dia”, explica o gerente, Adson Santa Cruz.

Os produtores que trabalham em parceria resolveram se reunir para discutir o assunto e estão preocupados com o resultado desse embargo.

“O que nos preocupa é que 90% dos galpões são financiados pelo banco e nós temos os nossos compromissos com a instituição e também devido a situação econômica do Brasil inteiro. Estamos procurando uma saída”, afirma o produtor Carlos Labre.

O produtor Manuel Fernandes tem cinco aviários e teme que a queda na produção possa ter consequências permanentes. “Estou reduzindo número de galpão e funcionários porque não tenho como pagar. Todos os produtores estão com dificuldade”, afirma.