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Biocombustível

BNDES amplia participação

<p>Banco admite investimentos em etanol e prevê liberar até R$ 7 bilhões ao segmento em 2009.</p>

O BNDES está acompanhando de perto o processo de consolidação pelo qual passa o setor sucroalcooleiro no Brasil e pode decidir por novas participações em negócios, afirmou o chefe do Departamento de Biocombustíveis do banco, Carlos Eduardo Cavalcanti.

“A regra do banco é que ele participe através de equity, e não de dívida, e eventualmente estamos propensos a participar do processo de consolidação”, disse ele durante no Ethanol Summit, evento encerrado ontem em São Paulo. “Todos os movimentos estão sendo acompanhados de perto pelo banco”, afirmou.

Cavalcanti lembrou que, no segmento sucroalcooleiro, o BNDES já tem pequenas participações nos grupos Santelisa Vale, São Martinho e Brenco. Afirmou, ainda, que a eventual entrada do banco em outra companhia da área teria caráter temporário – até a realização de uma possível oferta inicial de ações, por exemplo. O BNDES prefere não ser a única solução no processo de consolidação do segmento.

“É importante a existência de um coinvestidor, outro sócio estratégico, uma empresa com viés consolidador”. Atualmente, disse, existem cerca de 400 unidades produtoras ligadas a 200 grupos empresariais no Brasil, o que indica que o potencial de consolidação de fato é grande.

O BNDES prevê liberar entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões ao segmento em 2009, pouco mais que no ano passado (R$ 6,5 bilhões). Cavalcanti comentou que o banco observou demanda por aproximadamente metade dos recursos disponíveis para o programa de estocagem de etanol, até o momento.

No total, o programa conta com R$ 2,3 bilhões liberados pelo governo, dos quais o BNDES vai gerenciar R$ 1,3 bilhão. “Não temos ainda o valor do desembolso, mas sabemos que existe uma demanda razoável”, afirmou, calculando em cerca de R$ 600 milhões o valor já demandado pelas usinas para realização de estoques.

“Quanto mais fizermos, melhor. Acreditamos que podemos chegar ao total [dos recursos]. Isso dá um choque e aumenta o poder de barganha das usinas com os distribuidores [de combustíveis]”, complementou o executivo.