Durante a abertura da 29ª Agrishow em Ribeirão Preto (SP), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou uma nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), denominada CPR BNDES. Essa linha visa fortalecer o suporte ao setor agropecuário, podendo alcançar R$ 10 bilhões em 2024.
Fávaro explicou que essa linha de crédito foi desenvolvida para ajudar os produtores rurais que enfrentam dificuldades devido a condições de preço ou clima adversas. A linha também é complementar à medida do Conselho Monetário Nacional (CMN) que permite a repactuação de dívidas.
A CPR BNDES possibilitará transações utilizando Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), voltados para micro, pequenos e médios produtores rurais e cooperativas com faturamento anual de até R$ 300 milhões. Esses títulos poderão ser empregados em custeio, investimentos, armazenagem, capital de giro ou renegociação de dívidas existentes.
O diretor Financeiro e de Crédito do BNDES, Alexandre Abreu, mencionou que a linha já está disponível, destacando a expectativa de que ela contribua para o fomento de novos negócios e melhoria da situação financeira dos agricultores afetados por preços baixos e problemas climáticos.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reiterou o compromisso do governo com o setor agrícola e anunciou planos para um novo Plano Safra ampliado, além de destacar a importância do agronegócio para as exportações brasileiras.
Alckmin também adiantou que uma comitiva interministerial buscará novas oportunidades de comércio internacional, incluindo viagens à Arábia Saudita e China para expandir mercados para produtos brasileiros.
A linha de crédito permitirá um empréstimo máximo de R$ 20 milhões por cliente a cada 12 meses, com um prazo de pagamento de até 60 meses, incluindo uma carência de até 24 meses.
As taxas de juros serão compostas por uma remuneração básica do BNDES de 1,3% ao ano, acrescida de até 4,3% ao ano de remuneração do agente financeiro, além do referencial de custo financeiro aplicável.