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Logística

BNDES libera R$ 2 bilhões para expansão da ALL

<p>A estratégia da ALL é continuar crescendo em capacidade de transporte e volume de carga entre 10% e 12% ao ano.</p>

Um financiamento no valor de R$ 2,15 bilhões foi aprovado ontem pelo BNDES para a ALL tocar seu plano de investimento no período 2009 e 2012. A companhia vai investir um total é de R$ 3 bilhões, dos quais 73% sairão dos cofres do BNDES com custo de TJLP mais 2% de spread e nove anos para pagar. A estratégia da ALL é continuar crescendo em capacidade de transporte e volume de carga entre 10% e 12% ao ano, como disse ao Valor o diretor de RI do grupo, Rodrigo Campos.

O novo plano apresentado ao banco, que participa do bloco de controle do grupo ALL através da BNDESPar, agradou a instituição, que tem hoje entre suas prioridades financiar o setor ferroviário. O diretor da ALL contou que esta é a quarta linha de crédito aprovada pelo banco para a companhia desde a sua privatização, em 1997. “O BNDES é nosso parceiro desde então. Nós tínhamos uma linha de financiamento de R$ 1,1 bilhão aprovada em 2007 que terminou este ano. Aí entramos com novo pedido de crédito para os próximos quatro anos visando aumentar a produtividade das nossas concessionárias até 2012”, informou Campos. Ele acredita que serão aplicados entre R$ 600 milhões a R$ 700 milhões ao ano no novo plano de investimento.

As obras projetadas incluem melhoramentos na via permanente, aquisição de material rodante e de equipamentos, instalação de sistema de informática e de segurança nas operadoras ferroviárias Malha Sul, Malha Paulista, Malha Oeste e Malha Norte. O grupo vai gastar parte dos recursos para aquisição de 58 novas locomotivas da unidade da GE no Brasil e reformar e recuperar outras 88. Também serão adquiridos, recuperados e reestruturados mais de 11 mil vagões, além de construção de terminais e pátios para movimentação de cargas e duplicação da via permanente.

A crise mudou para melhor o plano de investimento da ferrovia, disse Campos. Segundo ele, a conjuntura recessiva atrai mais carga para o modal ferroviário por ser mais barato e eficiente. “Isso torna a ferrovia e, no caso, a ALL, menos vulnerável à crise”, afirmou. Num momento de menor atividade o custo passa a ser algo muito importante para as empresas, constatou. “Por isso temos menos preocupação com a crise e estamos investindo mais para sermos eficientes e ter maior capacidade de transporte.”

O novo plano de investimento da ALL, a maior operadora logística com base ferroviária da América do Sul, cuja malha tem 21 mil quilômetros de extensão cobrindo seis estados brasileiros e a região central da Argentina, vai contribuir para a redução de custos logísticos e consequentemente do custo Brasil, disse Adely Branquinha, chefe do Departamento de Transporte e Logística do BNDES.