Redação (17/03/2009) – Já abordamos neste espaço a reação das exportações brasileiras de carne bovina, em fevereiro último, na comparação com janeiro. Apesar de ter havido recuo em relação a fevereiro do ano passado.
Mas não foi somente o volume exportado que aumentou. Os preços estão firmando. A cotação da carne in natura enviada à União Européia, por exemplo, subiu 1,3% de janeiro para fevereiro (melhor do que nada). Para a Rússia, a alta foi de 6,2%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, analisados pela Scot Consultoria.
Logicamente que recuperações tão minguadas não devolvem as perdas ocorridas entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Porém, ao menos se observa que o movimento de baixa está chegando (ou já chegou) ao fim.
Alguns frigoríficos informam que a tendência para março é de novos aumentos, tanto em volume quanto em preço, ainda que comedidos. Destaque para as vendas de dianteiro, com destino ao Oriente Médio e à Rússia. Lembrando que o Brasil está em vias de voltar a exportar para o Chile.
Na União Européia as informações são de estoques baixos. Precisamos, portanto, liberar mais fazendas e aproveitar a oportunidade.
Notícias de aquecimento das vendas externas também vêm de concorrência. Ontem divulgamos uma nota do MLA (Meat and Livestock Austrália) que apontava, justamente, essa tendência, lembrando que no mês passado os australianos já conseguiram exportar um volume recorde.
No que diz respeito ao Brasil, parece que o problema maior voltou a ser o mercado doméstico.