Em Goiás o preço do suíno tem apresentado queda nos últimos tempos, desde dezembro as cotações têm baixado. No último mês do ano o setor operou a R$ 2,85 o quilo do suíno vivo, já esta semana o suíno tem sido vendido a R$ 2,50 o quilo, segundo a Associação Goiana de Suinocultores (AGS). A perspectiva é que com a abertura dos portos na Rússia as exportações retomem e o mercado interno possa operar com preços melhores. O estado de São Paulo registrou queda no preço, que ficou fixado em R$ 2,34. Uma diferença de R$ 0,22 no preço do quilo do suíno vivo, se comparado a semana anterior, em que o preço fechou em R$ 2,56.
Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), em Santa Catarina as cotações tem se mantido estáveis, com o quilo do suíno vivo sendo vendido a R$ 2,18. Porém, para os produtores o suíno ainda está sendo comercializado abaixo do peso esperado, entre 90Kg e 95kg, ou seja, quase 15% a menos que nos outros meses. No Distrito Federal, o preço se mantém em R$ 2,55 o quilo do suíno vivo. Para a Associação de Suinocultores do Distrito Federal (DFSuin), a expectativa é a estabilidade da cotação para as próximas semanas.
Em Minas o mercado permanece equilibrado, com o preço do quilo do suíno vivo sendo praticado a R$ 2,50. Nesta última semana do mês o preço teve queda de 7,4% , já que estava operando a R$ 2,70 o quilo na semana anterior. Os produtores estão confiantes no aumento da demando no mercado interno a partir de fevereiro, apesar dos feriados ainda serem uma grande barreira para no mercado, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Já os frigoríficos em São Paulo aguardam ansiosos à volta às aulas e a abertura dos mercados externos. Para o administrador Pedro Gabone do frigorífico Santa Rosa, em Leme, a partir do mês de fevereiro o mercado voltará a reagir. “O consumo tende a aumentar agora em fevereiro e os preços se elevarão com a grande saída para os mercados externos e diminuição da oferta dentro do estado, além do aumento do consumo no mercado interno”, comenta.
Declarações
“O mercado goiano tem sentido no preço a presença das ofertas vindas do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Esperamos que a saída desses animais venha alavancar os preços aqui, já que também estamos com um bom preço de produção.” José Marcelino, presidente da AGS.
“Nós tínhamos uma projeção de queda para janeiro, já que é o mês que a Rússia não importa, mas o período foi atrativo para o produtor, que esperava grandes quedas. Porém, ainda estamos com o suíno muito leve, conseqüências do alto número de vendas em dezembro.” Wolmir de Souza, presidente da ACCS.
“Comparado aos anos anteriores, 2010 teve grandes vendas no mês de janeiro, mas aguardamos uma recuperação ainda em fevereiro. Talvez já nessa primeira semana o mercado venha reagir, e a expectativa é que não haja grandes quedas nos próximos meses.” Fernando Soares, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap).
“Nesse período a cidade de Brasília é um pouco retraída nas vendas, mas com a volta às aulas e a retomada do plenário já esperamos uma recuperação. Dezembro não teve um alto número de vendas, mas o produtor alcançou suas cotas, sem prejuízo.” Marcelo Lopes, presidente da DFSuin.