O panorama do mercado interno do suíno vivo é bastante favorável, na visão dos principais operadores de todo o País. Alguns sinais presentes nos estados indicam que a perspectiva compradora tende a prevalecer também na próxima semana. Por exemplo, em Minas observa-se que as empresas de genética têm vendido matrizes em número menor do que o volume normal.
Os operadores creditam esse quadro ao ambiente favorável tanto no mercado externo, quanto no mercado interno. “Batemos a marca de 600 mil toneladas exportadas em 2009 e isto é importante, significativo e esperamos que este segmento firme esta progressão”, comentou o Presidente da ABCS, Irineu Wessler. No dia 11, ele fará uma palestra para uma comitiva da Rússia composta por 35 representantes de todas as áreas da cadeia produtiva suína daquele país, que estarão no Brasil, e particularmente em Curitiba, a convite da Alltech.
No Rio Grande do Sul, o preço, na casa dos R$2,30, ganhou na semana passada um acréscimo de R$0,10. O Presidente da Acsurs, Valdeci Folador, acredita que se registre novamente uma leve alta, da ordem de R$0,5. Custódio Rodrigues, da Acrismat, revela que depois de subir na semana passada de R$1,95 para os atuais R$2,15, na visão dos frigoríficos que operam no Mato Grosso esrpera-se estabilidade nos preços. No Paraná o suíno vivo está sendo vendido a R$2,25 e a grande vantagem para o produtor se observa na redução dos custos de compra de farejo de soja e milho.
Declarações:
Valdecir Folador – A demanda está bem aquecida. Há pouca oferta de animais. O peso do animal vivo está ainda bastante abaixo do que vinha sendo praticado no ano passado. É importante observar que algumas integrações de cooperativas que não costumam comprar suínos no mercado livre fizeram isto na semana passada. É um fator positivo.
Custódio Rodrigues – O mercado do Mato Grosso melhorou substancialmente. Chegamos a R$2,15 e a expectativa é manter esta semana. Isto na visão dos frigoríficos. Custódio acredita que pode haver oscilação para cima. O quadro reflete as compras do mercado internacional e os baixos estoques do mercado interno.
João Bosco Martins – Em Minas, o mercado está comprador. Estamos esperando uma pequena variação de preços para cima, da ordem de uns dez centavos. Esse incremento da demanda está dentro das previsões que vinham sendo feitas desde 2009. O mercado já sinalizava que a partir de março e a abril o preço deveria melhorar em função da movimentação de matrizes verificada no ano anterior.
Irineu Wessler – A R$2,25, no Paraná, o mercado está deixando uma pequena margem de lucro para o produtor, levando em conta principalmente uma expressiva queda no custo de produção: o milho caiu de R$22,00 para R$16,00 e o farelo de soja R$900,00 reais a tonelada para R$640,00. Não fosse isto, estaríamos trabalhando no prejuízo. É grande expectativa de melhora do preços. Um dos aspectos que estimulam esse ambiente positivo é o incremento no consumo interno e já verificamos claramente os reflexos de mercado resultantes das campanhas desenvolvidas pela ABCS.