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Mercado Interno

Boletim do suíno

Cepea divulga sua análise mensal sobre o desempenho da suinocultura brasileira em diversas regiões no mês de junho. Suinocultor perdeu poder de compra.

Boletim do suíno

Na primeira quinzena de junho, a desvalorização tanto do animal vivo quanto da carne se aprofundou na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea segunda metade do mês, os preços começaram a reagir em algumas praças. Mesmo assim, as médias do mês (vivo e carne) ficaram abaixo das verificadasem maio. O motivo para as quedas foi mesmo o excesso de oferta e, num primeiro momento, a suspeita era que uma possível frustração das exportações para Rússia e Ucrânia, que proibiram os embarques de carnes de três estados em junho, teriam resultado em aumento da disponibilidade interna.
No entanto, com a divulgação dos dados da Secex apontando aumento nos embarques, inclusive para a Rússia, a constatação é que o excesso de oferta esteve atrelado ao volume de animais abatidos. As quedas sucessivas do preço ao produtor combinadas com os custos relativamente altos de produção ajudariam a entender a oferta concentrada de animais para abate, já que os produtores temiam prejuízos ainda maiores. Reflexo das incertezas em relação às exportações, as maiores desvalorizações foram em Mato Grosso e Rio Grande do Sul, estados que, junto com o Paraná, foram impedidos de exportar carnes para a Rússia. As maiores quedas foram nas regiões de Rondonópolis (MT), de 19,5%, e no Vale do Taquari (RS), de 17,3%, com os preços médios do suíno vivo fechando em R$1,45/kg e R$ 1,82, respectivamente, no dia 30 de junho.
O poder de compra do suinocultor seguiu recuando em junho frente aos principais insumos, milho e farelo de soja. Com os insumos em patamares elevados e os preços do suíno vivo relativamente baixos, o produtor paulista perdeu cerca de 5% do seu poder de compra frente ao milho e 2,4% frente ao farelo de soja ao longo do mês – preços dos insumos na região de Campinas. Quanto ao suinocultor do oeste catarinense, a perda foi de 4,5% em relação ao milho e de 4,8% para o farelo de soja entre 31 de maio e 30 de junho.

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