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Bolsa de Mercadorias e Futuros quer popularizar negócios

<p>Diretores e corretores do órgão estão visitando empresas de insumos agropecuários, que já mantém contratos com a Bolsa, com o intuito de popularizar este tipo de negócio. </p><p></p>

Redação (13/07/07) – O volume de negócios na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) cresceu 55% neste primeiro semestre do ano com relação ao mesmo período do ano passado. Apesar deste crescimento, a BM&F (que é a quinta maior Bolsa de mercado futuro agropecuário do mundo) quer maior aproximação dos produtores rurais. Para isso, diretores e corretores do órgão estão visitando empresas de insumos agropecuários, que já mantém contratos com a Bolsa, com o intuito de popularizar este tipo de negócio.

Nesta semana, a visita foi feita na Milenia. A empresa mantém contratos futuros com a BM&F desde 2001, quando passou a negociar no mercado futuro parte dos grãos recebidos em troca por insumos. Este tipo de mercado com cooperativas cresce entre 15% e 20% ao ano e as commodities negociadas são soja, milho, algodão, café, açúcar e etanol. ""Os produtores se preocupam com a eficiência na produção. Mas tão ou mais importante do que a colheita é comercializar bem os seus produtos"", afirmou Ivan Wedekin, diretor de Agronegócio da BM&F.

Segundo ele, o mercado futuro é uma ferramenta moderna de comercialização, da qual os produtores não podem prescindir. De acordo com Joaquim da Silva Ferreira, diretor da Corretora Futura Commodities, nos Estados Unidos cerca de 90% das empresas de insumos utilizam o mercado futuro, enquanto no Brasil, o percentual é de 10%. A Bolsa de Chicago, por exemplo, chega a negociar cinco vezes o total da safra americana, enquanto o produto mais negociado no Brasil é o café, que alcança duas safras e meia.

O volume negociado pode até quintuplicar, como ocorre nos Estados Unidos, porque os contratos de compra e venda são renegociados por várias vezes entre os corretores. "Os brasileiros não têm a cultura do mercado futuro, mas é um comércio que oferece toda segurança", comentou Ferreira. No entanto, a estabilidade econômica, a inflação baixa e a abertura do mercado brasileiro vem possibilitando o crescimento da BM&F. O volume de negócios é importante porque contribui para melhor formação de preços.