A semana começa animada nos mercados de ações após o G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) ter decidido no final de semana pela manutenção das medidas de estímulos à economia, deixando os investidores mais tranquilos. As matérias-primas (commodities) mostram recuperação dos preços, impulsionando as bolsas na Europa e nos Estados Unidos, que contam ainda com noticiário corporativo favorável.
Assim, a Bolsa abriu em alta e, às 11h05, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,61%, aos 65.501 pontos. Mas a volatilidade que deu o tom na semana passada segue determinando o ritmo do mercado nos próximos dias.
O bom desempenho das commodities esta manhã, especialmente o ouro, que cravou novo recorde de alta, cotado acima de US$ 1.100 a onça-troy, em meio à fraqueza do dólar, repercute nos papéis das mineradoras na Europa. Rio Tinto e BHP Billiton tinham alta de cerca de 2%, mais cedo, o que deve se estender às ações da Vale. A China, que na quarta-feira apresenta os dados de produção industrial e vendas no varejo, segue a todo o vapor, influenciando a alta das commodities. As vendas de veículos aumentaram 72,5% na China em outubro ante igual mês de 2008, para 1,23 milhão de unidades, informou a associação que reúne as montadoras do País. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, as vendas cresceram 37,7% frente a igual intervalo do ano passado.
As bolsas europeias subiam ao redor de 1,5% às 10h40, tendo entre os destaques positivos do dia o crescimento de 2,7% da produção industrial da Alemanha em setembro ante agosto, superando a previsão média de analistas de expansão de 1,0%. As seguradoras também ajudam a conferir tração às bolsas europeias e norte-americanas, após a gigante alemã Allianz anunciar que saiu de prejuízo para lucro de quase US$ 2 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
Em Wall Street, os índices futuros de ações avançavam 1%. Rumores dando conta de que a Kraft Foods deve elevar sua oferta de compra pela Cadbury também compõem o quadro favorável do dia. O petróleo é negociado em alta, ao redor de 1,5% em Nova York, valendo US$ 78,50 por barril, refletindo a preocupação dos investidores com o alerta de furacão no Golfo do México, que pode afetar a produção e os preços, enquanto esperam os relatórios da AIE e da Opep que saem entre terça e quinta-feira. Petrobras deve acompanhar o embalo da commodity. A estatal, que fecha na sexta-feira a temporada de balanços domésticos, deve oscilar esta semana ao sabor das expectativas em relação ao resultado do terceiro trimestre.
Ao todo, mais de 90 empresas devem divulgar seus resultados nos próximos dias, entre os quais BM&FBovespa, Ambev, Cesp, Cemig, Friboi e BRF-Brasil Foods, Banco do Brasil, TAM, Eletrobrás e Fibria, nova denominação da VCP após a incorporação da Aracruz. Hoje saem os números da Gol, Dasa, Cyrela Commercial Properties (CCP), Even, Hypermarcas, Marisa e Profarma.
Ações- Todas as ações do setor de consumo listadas no Ibovespa operam em alta nesta primeira etapa, impulsionando o Icon (Índice de Consumo), que há pouco subia 2,13%, a 1.284,99 pontos.
Destaque para as ações ordinárias do JBS (JBSS3), que avançavam 5,53%, a R$ 10,68, registrando a maior valorização do Ibovespa; também com ganhos expressivos, as preferenciais da Ambev (AMBV4) aumentavam 3,06%, cotadas a R$ 167,99, as ordinárias da Souza Cruz (CRUZ3) cresciam 2,42%, para R$ 65,03, e as ordinárias da Natura (NATU3), 2,03%, a R$ 33,67.
Também em terreno positivo estavam as ações preferenciais das Lojas Americanas (LAME4; 1,69%, a R$ 13,17), as ordinárias da B2W (BTOW3; 0,05%, a R$ 50,13), as PNA do Pão de Açucar (PCAR5; 1,57%, a R$ 56,87), as ordinárias da BRF Brasil Foods (PRGA3; 1,92%, a R$ 45,97), e as ordinárias das Lojas Renner (LREN3; 0,11%, a R$ 33,44).