O Secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, reuniu-se nesta sexta-feira (09/02) com o ministro da Agricultura de Cingapura, Lim Kok Thai, e representantes da Autoridade Agroalimentícia de Cingapura (AVA) para pedir rapidez na habilitação de plantas frigoríficas brasileiras e atestar a qualidade das carnes exportadas pelo Brasil.
A atratividade de Cingapura reside no fato de a cidade-estado não ter produção agrícola relevante e possuir um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 300 bilhões (2016) para uma população de 5,6 milhões de habitantes e pelas facilidades para o comércio que a desenvolvida infraestrutura portuária e aeroportuária do país proporciona. Apenas 3% da importação agropecuária de Cingapura é de produtos brasileiros. Os principais itens importados são carnes in natura, de frango, suína e bovina. Daí, a importância de acelerar a liberação de plantas frigoríficas brasileiras.
Na reunião realizada no Ministério da Agricultura de Cingapura, Novacki reforçou que o governo brasileiro tem interesse em atrair mais investimentos para o agronegócio nacional e apresentou vantagens do ambiente de negócios no país. “Temos uma lei ambiental das mais modernas do mundo, preservamos 66% da vegetação nativa do país e incentivamos as empresas a trabalharem nos mais altos padrões de sustentabilidade, com cultura ética, responsabilidade social e ambiental. Portanto, o Brasil produz alimentos de qualidade com preservação ao meio ambiente e queremos ser reconhecidos por isso”.
Novacki destacou também mudanças na inspeção sanitária, depois da Operação Carne Fraca da Polícia Federal. Ele explicou que a operação foi para coibir desvios de conduta de fiscais e que não questionou, em nenhum momento, a qualidade das carnes brasileiras. Segundo ele, a crise serviu para o Mapa tornar mais rígidos os protocolos de exportação. “Atualizamos o nosso regulamento de inspeção sanitária, trazendo regras mais modernas, de acordo com novas tecnologias, tornando o processo mais transparente. E, em paralelo, lançamos o Programa Agro+Integridade, que trata de ações voltadas para a ética na administração.