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Exportação

Brasil de olho no mercado árabe

Forte em exportações de carnes e açúcar, País pode explorar outros segmentos na região, como frutas e cereais.

Brasil de olho no mercado árabe

Os produtos agrícolas tiveram grande representatividade nas exportações brasileiras para o mundo árabe, segundo informa a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

Ao todo, de acordo com a entidade, dos US$ 9,4 bilhões em exportações brasileiras para os 22 países que compõem a Liga dos Estados Árabes, em 2009, as carnes bovina e de frango e o açúcar corresponderam por quase 60% do total exportado. Juntas, as duas commodities representaram US$ 5,22 bilhões. Enquanto o volume de carne exportado teve uma pequena retração, de 2%, o volume de açúcar exportado cresceu 44,7%, em 2009, segundo a câmara.

“A queda da produção de açúcar na Índia, um dos principais fornecedores do produto para o mercado árabe, favoreceu o produto nacional, tanto no que diz respeito ao volume exportado quanto no preço do produto, que subiu muito no último ano”, analisa o presidente da câmara, Salim Taufic Schahin.

No entanto, apesar da forte participação do setor alimentício nas vendas para os países árabes (52% da carne consumida por lá é de origem brasileira), a câmara crê que ainda há potencial para diversos outros produtos. “O clima da maioria dos países árabes é árido, por isso eles importam boa parte dos alimentos que consomem. E o Brasil tem produtos competitivos para explorar ainda mais esse mercado”, diz Schahin.

Entre os produtos agrícolas nos quais a entidade aposta estão as frutas. Apesar de corresponder por uma fatia ainda pequena do total exportado, o segmento teve bom desempenho no último ano, com crescimento de 23% no volume exportado. “É relevante, já que para o resto do mundo as exportações de frutas caíram 14%”, diz Schahin. “Há um movimento que indica maior entrosamento nesse setor. Assim como as frutas chilenas são bem vistas nos países árabes, as brasileiras estão ganhando espaço.

Ao todo, dos US$ 19,8 milhões que o Brasil exportou, o coco e a castanha-do-pará corresponderam por 53%. Em seguida vieram as frutas cítricas (laranja e limão), com 34%. Os 13% restantes foram de maçã e pera, segundo informa o gerente de desenvolvimento de mercado da câmara, Rodrigo Solano.

Além das frutas, os cereais também são uma aposta da entidade. Principalmente o milho. Entre 2008 e 2009 a participação desses produtos passaram de 2,5% do total para 3,22%. Uma evolução de 22%.