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Brasil deixou de embarcar 25 mil toneladas de suínas por Itajaí (SC)

<p>O porto da cidade, que teve suas atividades paralisadas por conta das enchentes em Santa Catarina, é o principal local de exportação para a carne suína brasileira.</p>

Redação (04/12/2008)-  Em entrevista à Agência SAFRAS, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Pedro de Camargo Neto atribui à crise financeira e, principalmente, à paralisação dos embarques pelo Porto de Itajaí (SC), os principais motivos para a forte queda no movimento das exportações de novembro. Segundo o dirigente, o Porto de Itajaí, que teve suas atividades paralisadas por conta das enchentes em Santa Catarina, é o principal local de exportação para a carne suína brasileira. "O porto responde por 55% dos embarques. Com a paralisação, eles serão remanejados para os portos de Paranaguá e Rio Grande", afirma.

Camargo Neto salienta que a maior parte da exportação durante os meses de reconstrução do Porto de Itajaí passará a ser feita por Paranaguá, que oferece melhores condições para receber navios de maior porte em relação a Rio Grande, sem que haja grandes diferenças em termos de frete frente à Itajaí. "Paranaguá oferece plenas condições para a exportação, e acredito que haverá tempo hábil para que as adaptações necessárias sejam feitas", comenta. Pelos cálculos da ABIPECS, por conta dos problemas verificados o Brasil em Itajaí o Brasil deixou de embarcar 25 mil toneladas de carne suína no mês passado. "Três navios com capacidade de embarcar 8 mil toneladas cada não puderam carregar no porto catarinense.

Outras 13 mil toneladas não foram exportadas por conta da crise financeira internacional", sinaliza. Camargo Neto acrescentou ainda que a evolução das negociações entre o governo brasileiro e da China foram importantes para prospectar uma possível abertura desse mercado à carne suína de nosso País. "Acredito que a China será o grande destino da suinocultura em 2009", projeta. Em novembro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil embarcou 22,4 mil toneladas de carne suína, com uma receita de US$ 67,2 milhões, volume inferior às 39,9 mil toneladas exportadas em outubro, que fomentaram receita de US$ 129,3 milhões.