A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a assinatura de um acordo de cooperação entre Brasil e Chile, que estabelece um sistema de “pre-listing” para a habilitação de estabelecimentos do setor de proteína animal. A iniciativa, celebrada na Embaixada do Chile em Brasília (DF), promete abrir caminho para uma parceria ainda mais sólida entre os dois países.
Elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pela Embaixada do Brasil em Santiago, em colaboração com as autoridades chilenas, o acordo abrange a carne de aves, suínos, ovinos e bovinos.
O novo modelo simplifica e agiliza o processo de habilitação de plantas frigoríficas para o mercado chileno, uma vez que a autorização será concedida pelas autoridades brasileiras, que certificarão o cumprimento das regulamentações chilenas pelos estabelecimentos. Com isso, não será mais necessária a realização de missões sanitárias nas instalações.
“Esse acordo reconhece o trabalho realizado pelas autoridades sanitárias do Brasil e pelo setor produtivo, que é um dos nossos principais destinos de exportação de proteína animal. Foi uma conquista brilhante resultado do trabalho conjunto dos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, em parceria com a Embaixada Brasileira, fortalecendo a posição do Brasil como parceiro na segurança alimentar do Chile”, ressalta Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O Chile ocupa a 18ª posição entre os principais importadores de carne de frango brasileira, com 21,6 mil toneladas importadas apenas no primeiro quadrimestre deste ano, gerando uma receita de US$ 40,8 milhões. No caso dos suínos, o Chile é o 4º maior destino, com 27,3 mil toneladas importadas nos primeiros quatro meses de 2023, gerando uma receita de US$ 63,7 milhões.