Brasil e Jordânia começam a discutir possibilidades de cooperação na área agrícola. Em reunião nesta terça-feira (20), em Brasília, o ministro da Agricultura do país árabe, Saeed Masri, expôs ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, os setores potenciais para futuras parcerias.
Entre as perspectivas, está um acordo de cooperação técnica da Embrapa e o instituto de Pesquisa da Jordânia. Masri sugeriu que técnicos na Embrapa integrem a missão, já agendada do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) àquele país, em outubro. Wagner Rossi propôs que pesquisadores jordanianos também venham ao Brasil para troca de experiências.
A produção de etanol é outra área de interesse do governo jordaniano. O ministro Masri citou, como exemplo, a possibilidade de produzir etanol da cana-de-açúcar no Sudão, com a tecnologia brasileira. “Se tivermos etanol, podemos importar os carros flex produzidos no Brasil”, afirmou. “Acredito que devemos desenvolver, juntos, acordos que facilitem os negócios da iniciativa privada”, completou.
Wagner Rossi agradeceu o interesse da Jordânia no incremento das relações bilaterais. ‘É muito importante para nós a oportunidade de trocar experiências e executar programas de cooperação com países amigos”, ressaltou, lembrando a ênfase dada pelo governo Lula à aproximação com os países árabes.
Brasil e Jordânia firmaram, em 2009, memorando de entendimento sobre cooperação técnica em agricultura. Para entrar em vigor, o documento ainda depende de aprovação, pelo Congresso Nacional, do acordo-quadro de cooperação científica e tecnológica assinado pelos dois países em 2008.