Redação (13/07/06) – Os agricultores analisaram resultados de estudo feito pela própria União Européia (UE) sobre as condições fitossanitárias da produção brasileira.
O pleito dos agricultores europeus acontece no momento em que UE e Brasil travam duelo na OMC pela abertura dos mercados agrícolas e no mesmo dia em que a Confederação Nacional da Agricultura (CNC) alerta para a “perda de dinamismo” do agronegócio, já que pela primeira vez o saldo comercial do setor deve cair (3,7%) sobre o ano anterior.
O diretor Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, porém, acredita que nem o câmbio valorizado será capaz de abalar o dinamismo das exportações de carne brasileira.
“A cotação da carne está muito elevada e a própria UE esta semana repetiu que não haveria nenhuma medida sequer contra as importações de frango do Rio Grande do Sul, risco que estava preocupando os produtores”, disse o economista, acrescentando que o Brasil é o “único país grande que tem carne para exportar”.
Segundo Castro, doenças como a vaca louca e gripe aviária, além do fato de a Argentina ter decidido priorizar o abastecimento de carne ao mercado interno, garantem posição tranqüila para o Brasil no médio prazo.
“Talvez o câmbio possa prejudicar as exportações de frango se a elevação da cotação do milho chegar ao Brasil. No mais, as exportações devem se manter em patamar elevado por mais algum tempo”, resumiu.