Redação (22/03/07) – O balanço foi divulgado hoje (21) pela Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef).
Segundo a Abef, o volume exportado em fevereiro foi de 232.215 toneladas, 16,76% a mais do que em fevereiro do ano passado, com faturamento 21,48% maior, de US$ 296,720 milhões. Nos dois primeiros meses, o faturamento acumulado cresceu 7% na comparação sazonal, e o volume embarcado aumentou 6,95%, com 441.265 toneladas vendidas.
O resultado do faturamento, informa a associação, se deve ao preço médio obtido pelos exportadores no primeiro bimestre, de US$ 1,273 por tonelada, acima do previsto pela entidade para este ano, de US$ 1,20 por tonelada. No balanço da Abef, cresceram os resultados dos três tipos de frango exportados, em cortes, inteiros e industrializados. Este último, o de melhores preços, apresentou os maiores índices, com aumento de 94,71% nos volumes embarcados e de 89,18% nos valores em dólares, no mês de fevereiro, e de 85,30% em volumes e 83,45% em receitas no bimestre, em relação ao mesmo mês e bimestre do ano anterior.
Apesar do resultado favorável, a Abef afirma que “está mantendo as projeções para 2007, de embarques de 2,850 milhões de toneladas, com aumento de 5% sobre 2006, e receita cambial de US$ 3,420 bilhões, em um crescimento de 6,8% na mesma comparação, com preço médio de US$ 1,20 por tonelada”.
A entidade também “manifesta sua preocupação diante da possibilidade de uma nova greve dos fiscais agropecuários”, que poderia gerar problemas nas exportações e reclama da valorização do real, que “continua a ser um fator inibidor das exportações ao reduzir a rentabilidade das empresas”.
Outro fator é a antecipação de compras de importadores europeus. Em entrevista à Agência Brasil, no final de fevereiro, o presidente-executivo da associação, Ricardo Gonçalves, explicou que as empresas européias estão antecipando as compras em razão da entrada em vigor de quotas que limitarão a compra do frango industrializado do Brasil, provavelmente até o meio deste ano.