As exportações brasileiras para a Síria tiveram um aumento de 306% no mês de novembro com relação a outubro. As vendas saíram de US$ 14,4 milhões para US$ 58,5 milhões. A exemplo da Síria, as vendas para outros países, como Iraque, Egito, Iêmen e Bahrein, apresentaram crescimento de um mês ao outro, apesar da queda de 4,7% das vendas externas brasileiras de janeiro a novembro ao mercado árabe.
As exportações brasileiras aos países da Liga Árabe em novembro somaram US$ 820 milhões, contra US$ 811,6 milhões em outubro, o que representou um aumento de 1,12%. No caso dos países do Levante, que são Iraque, Jordânia, Líbano e Síria, o crescimento foi de 79,7% na mesma comparação. As vendas saíram de US$ 73,7 milhões em outubro para US$ 132,5 milhões em novembro.
De acordo com o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, o aumento das vendas a esses países se deve ao crescimento dos embarques de carne, açúcar, café e, no caso do Iraque, tratores e veículos para construção.
“A economia da Síria tem uma previsão de crescer 6% este ano. É uma economia em crescimento”, disse Alaby. Ele destacou que o salto nas exportações para a Síria pode ser influência da demanda iraquiana, já que os dois países são vizinhos, o que facilita as reexportações.
Diretamente, o Iraque importou o equivalente a US$ 40,45 milhões do Brasil em novembro, um crescimento de 90,5% em comparação a outubro. Desde janeiro, o país árabe vem apresentando um desempenho positivo. As exportações brasileiras ao Iraque, nos onze primeiros meses do ano, somaram US$ 224 milhões, o que representou um aumento de 120,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Além de carne de frango e bovina, o Brasil tem embarcado ao país tratores e máquinas para construção civil, que são produtos de alto valor agregado.
Segundo o gerente do departamento de Desenvolvimento de Mercado da Câmara Árabe, Rodrigo Solano, se as exportações brasileiras de tratores e maquinários para construção fossem mais diversificadas para outros países árabes, a queda das vendas externas poderia ter um impacto menor.
Novembro – As vendas externas brasileiras aos países árabes em novembro também apresentaram uma queda com relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações saíram de US$ 856,5 milhões para US$ 820 milhões, o que representou uma queda de 4,17%. Novamente, os países do Levante foram os que apresentaram melhor desempenho, com exportações de US$ 132,5 milhões, 91,9% a mais do que novembro de 2008.
Apesar da queda de 4,7% das exportações brasileiras ao mercado árabe, que saíram de US$ 8,9 bilhões de janeiro a novembro de 2008 para US$ 8,49 bilhões no mesmo período deste ano, alguns países apresentaram crescimento positivo. Além do Iraque, estão entre os principais destinos das vendas brasileiras os Emirados Árabes, com aumento de 32,4%; Argélia, com 11,7% e Marrocos, com 4,7%. Já entre os destinos não tradicionais, estão Sudão, com crescimento de 65,9%; Somália, com 500%, e Djibuti, com 264%.
Importações – De janeiro a novembro, as importações brasileiras do mundo árabe somaram US$ 4,69 bilhões, uma queda de 52,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Se comparadas as importações do mês de novembro deste ano com as importações de outubro, os países árabes da região do Golfo exportaram ao Brasil US$ 195,4 milhões contra US$ 9,7 milhões.