A oferta ajustada à demanda externa, a forte expansão do consumo interno, a valorização do real, a elevação dos preços nos mercados interno e externo e o aumento da concorrência internacional foram os principais fatores que influenciaram as exportações de carne suína brasileira em 2010, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Os volumes caíram 11,04 %, passando de 607,5 mil toneladas, em 2009, para 540,4 mil toneladas, em 2010. No entanto, a receita cresceu 9,32%, evoluindo de US$ 1,23 bilhão, em 2009, para US$ 1,34 bilhão, em 2010.
A crise financeira de 2008/2009 continuou a afetar os volumes e os preços das exportações, em 2010. A boa evolução dos preços, 22,9% superiores aos praticados em 2009, ainda ficou aquém dos preços obtidos no período de janeiro a outubro de 2008, que antecedeu a crise.
Outro fator importante que prejudicou os volumes exportados foi a forte valorização do real, que reduziu a competitividade do produto brasileiro em relação aos principais concorrentes: Estados Unidos e alguns países da União Europeia.
A Rússia, principal mercado, teve sua moeda fortemente desvalorizada, o que contribuiu para a melhora da competitividade dos Estados Unidos e da Europa naquele mercado. Além disso, a desvalorização do dólar fez com que os custos de produção nos Estados Unidos ficassem semelhantes aos do Brasil, avalia a Abipecs.
Como em quase todos os setores da economia brasileira, o mercado interno, em 2010, esteve muito mais atrativo do que o externo. Diante dessa situação, os exportadores puderam exercer opção por não vender aos preços que os importadores ofereciam, preferindo melhor remunerar seus produtos no mercado doméstico.
EXPORTAÇÕES DE CARNE SUÍNA |
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AN0 |
VOLUME (T) |
VALOR (US$ Mil) |
2004 |
509.779 |
776.767 |
2005 |
625.075 |
1.167.909 |
2006 |
528.190 |
1.037.178 |
2007 |
606.513 |
1.230.968 |
2008 |
529.418 |
1.479.242 |
2009 |
607.489 |
1.226.446 |
2010 |
540.417 |
1.340.714 |
Fonte:Abipecs. |