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Brasil fecha 2006 com recorde em exportação de carne

<p>A quantidade de carne vendida ao exterior teve elevação anual de 13%, para 2,22 milhões de toneladas.</p>

Redação (07/02/07) – “Fechamos o ano passado como o maior exportador de carne do mundo, superando a Austrália”, informou ontem o dirigente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Antenor Nogueira, ao lembrar que o recorde foi obtido mesmo com dificuldades como focos de aftosa em algumas regiões do país.

Três fatores são citados pela CNA para o desempenho: aumento de preço da carne brasileira, recuperação do consumo mundial e ganho de mercado por pecuaristas locais ante concorrentes como os da Argentina, Estados Unidos e União Européia, que puderam atender ao aumento de demanda. Mesmo assim, Nogueira se queixa que, “pelo quarto ano consecutivo”, o produtor brasileiro “teve perdas por custos mais elevados que o aumento de receitas”. Nas contas da entidade, há uma perda de margem na atividade agropecuária de 42%, acumulada nos últimos quatro anos, por aumento de 32% nos custos de produção e queda de 9,5% no preço da arroba do boi.

Somente em 2006, os custos operacionais efetivos, equivalentes a desembolsos mensais com salários, insumos, energia elétrica, sal mineral e medicamentos veterinários registraram crescimento de 5,73%, “enquanto o preço do boi gordo aumentou 1%, na média dos nove estados” pesquisados, disse Nogueira. Por isso, ele conclui que “falta renda para o pecuarista manter a produtividade em nível satisfatório”. Com o objetivo de avaliar a real competitividade da pecuária de corte brasileiras, a CNA passou a integrar o Agri Benchmark, rede internacional de comparação de custos dos sistemas de produção pecuária de corte mundial, informou o dirigente. Para a continuidade de faturamento e valorização da carne brasileira, a CNA reivindica “um programa sanitário conjunto entre os países que fazem a fronteira com o Brasil”, a fim de evitar o risco de contágio da aftosa que surgiu na Bolívia.”

Neste momento, o Brasil reivindica da Organização Internacional de Saúde Animal a recuperação do status de área livre de febre aftosa, com vacinação para o Mato Grosso do Sul e Paraná, atingidos pelos focos da doença em 2005″, completou Nogueira.