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Exportação

Brasil indicará fazendas habilitadas a exportar carne para União Europeia

Inspeções nas propriedades serão feitas pelos europeus nos momentos considerados necessários. Hoje, duas mil propriedades estão habilitadas a vender carne para o bloco europeu.

“A Comunidade Europeia dará abertura para o Brasil indicar um número maior de fazendas credenciadas a exportar carne para o mercado europeu“, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em teleconferência com os jornalistas de Brasília, nesta terça-feira (13). Hoje, duas mil propriedades estão habilitadas a vender carne para a União Europeia e cabe aos membros daquele bloco econômico decisão de selecioná-las. “Com essa sistematização, os técnicos europeus terão o direito de inspecionar, a qualquer tempo, as fazendas escolhidas, o que é muito correto”, enfatizou o ministro.

OGM – Em relação aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), Rossi disse que os europeus vêm discutindo a possibilidade de cada país membro da União Europeia ter normas específicas para a importação de transgênicos, além da geral já estabelecida pelo bloco econômico. “Também haverá algum nível de flexibilização para os OGMs, que não estão aprovados na Europa, mas a nova regulamentação a ser publicada permitirá ainda analisar os efeitos para a economia brasileira”, destacou.

Práticas sustentáveis – Durante a missão à Europa, a delegação brasileira apresentou o cenário real da agricultura e pecuária do Brasil e suas melhorias na qualidade. “Neste ano, incluímos uma preocupação, já latente e que nos colocou na vanguarda da agricultura mundial, que é a introdução do apoio específico para a agricultura de redução dos gases do efeito estufa, às mudanças climáticas, com  melhoria das relações de produção e meio ambiente”, ressaltou o ministro.

Boi Guardião – Ainda sobre o meio ambiente, Rossi destacou aos comissários europeus a importância do Programa Boi Guardião, lançado em dezembro de 2009, que garante que nenhum boi, criado em áreas florestais, será comercializado. “Monitoramos em tempo real praticamente todo o Bioma Amazônico e qualquer alteração que indique desmatamento, invalida a propriedade de fornecer qualquer produto para venda”, acrescentou o ministro.

Cota Hilton – Rossi disse que, nos próximos meses, deverá haver uma solução a ser cumprida em 2011. A cota Hilton determina quantidades específicas, que receberão tarifa reduzida de imposto para importação, destinadas aos cortes nobres de carnes. O volume definido para o Brasil, no período 2009/2010, é de 10 mil toneladas.

Estados Unidos – Em referência à missão brasileira nos Estados Unidos, dias 8 e 9 de julho, o ministro informou que há disposição dos americanos em rever a retomada das importações de carne bovina processada. Mas, com a condição de verificar os resultados do plano de ação apresentado pelos brasileiros.

“Estamos fazendo levantamentos diários e exames laboratoriais. Tão logo os americanos entendam que os demonstrativos são suficientes, estarão prontos a retomar as importações, o que deve ocorrer de 15 a 20 dias. Acredito que avançamos no processo”, finalizou o ministro.

A comitiva comandada pelo ministro Wagner Rossi também contou com a participação de empresários brasileiros como Joesley Batista (JBS), Otávio Cançado, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Pedro de Camargo Neto, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), e representantes da Brasil Foods e da Seara.