Redação (02/09/2008)- Quando se fala de produção e exportação de frango, o Brasil é um dos países com maior destaque no cenário mundial. Poucos sabem, mas com a expectativa de 11 milhões de toneladas para 2008, somos o terceiro maior produtor de carne de frango, atrás apenas de Estados Unidos (16,5 milhões de toneladas) e da China (12,5 milhões), dois dos principais exportadores do produto, respondendo por 45% das exportações mundiais. O sucesso da carne de frango brasileira é tão grande que ela é consumida em mais de 150 países.
De acordo com números da União Brasileira de Avicultura (UBA), a avicultura nacional deverá produzir neste ano, além das 11 milhões de toneladas de carne de frango, 450 mil toneladas de carne de peru e 24 bilhões de unidades de ovos, além de carnes e produtos de outras espécies avícolas. Por isso, o crescimento da atividade projetado para 2009 oscila entre 6% e 8%. Neste ano, o setor assegurará uma receita cambial de US$ 7 bilhões ao País.
Os números são impressionantes e se tornam ainda mais amplos quando se percebe que, hoje, 4,8 milhões de pessoas trabalham direta ou indiretamente no setor de frangos, em grandes metrópoles e cidades do interior, na criação e posterior abate dos animais. Em 2008, dos três estados brasileiros que mais venderam seus produtos para o mercado exterior até o momento, dois (Paraná e Rio Grande do Sul) têm a exportação de carne de frango in natura um de seus pontos mais fortes.
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O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, revela que, de janeiro a julho deste ano, o Brasil mandou para o exterior 19% a mais de carne de ave em comparação com o mesmo período de 2007. Curiosamente, o mais difícil é mandar nossa carne para os países mais próximos geograficamente, como os do Mercosul.
“Conseguimos uma abertura, mas o Chile ainda é muito ligado aos norte-americanos. Por enquanto, temos Colômbia e Venezuela com boa participação. A Argentina é sempre distante. O fato é que as exportações da carne de frango do Brasil para a América Latina não representam sequer 10% do que mandamos para o mundo todo. Todos os países árabes estão comprando cada vez mais. Está impressionante a procura por um produto que é nobre, grife no mundo”.
No agronegócio, o frango está tão em alta que, pela primeira vez em sua história, a Abef recebeu neste mês de agosto a visita oficial de um ministro da Agricultura. Coube a Reinhold Stephanes levar a mensagem de apoio do governo federal ao segmento. Vale lembrar que o atual presidente da Abef, Francisco Turra, já foi ministro da Agricultura entre 1998 e 2000, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Assim, cercado de otimismo, o frango ganha cada vez mais espaço na balança comercial, gerando lucros, empregos e movimentando nossos portos, como no caso de Paranaguá, que – polêmicas à parte – criou recentemente um corredor exclusivo de exportação de frangos congelados, fomentando ainda mais o setor.
