O clima econômico no Brasil é o melhor da América Latina, de acordo com o índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Instituto alemão Ifo —, que chegou a 7,8 pontos, maior nível desde 1989, início da série histórica. O clima favorável no Brasil não se reflete no restante da América Latina. Parte dos demais países começou a se recuperar da crise, mas ainda não chegou a crescer ou a retomar investimentos.
Na média, o Índice de Clima Econômico da América Latina subiu de 5,2 para 5,6 pontos, pontuação ainda abaixo da registrada no período pré-crise, quando se situava próximo dos seis pontos. “Na América Latina, os indicadores de consumo estão praticamente normalizados, mas os de investimento ainda são muito fracos, por isso, esse resultado”, resumiu o coordenador de sondagens conjunturais da FGV, Aloisio Campelo. Segundo ele, o Brasil destoa da maioria das economias latinoamericanas. “Estamos saindo da crise mais rápido. Os especialistas avaliam que o país vai c rescer por muitos anos a taxas respeitáveis.
Comparando com mercados emergentes, estamos preparados para ter um longo ciclo de expansão”, ponderou Campelo. Frente a nações importantes, como Japão, Estados Unidos, China, União Europeia e Índia, o Brasil tem também o melhor clima econômico. Entre os latinoamericanos, apenas Chile (7,4 pontos), Peru (7,3) e Uruguai (7) estão próximos da situação brasileira. Os países com os piores índices são México e Bolívia, com 4,4 pontos, e Venezuela, com três pontos . “Os países que são mais ligados aos Estados Unidos, como o México, estão saindo devagar da crise”, afirmou Aloisio Campelo.