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Brasil se prepara para nova demanda de carne de frango

Procura pelo produto brasileiro deve aumentar visto que UE, Coréia do Sul e México proibiram a importação de ave americana.

Redação AI 26/02/2004 – 05h30 – O Brasil está preparado para atender à demanda internacional de carne de frango que surgirá com a decisão da União Européia (UE), Coréia do Sul e México de proibir a importação de aves dos Estados Unidos. A avaliação é do especialista do Departamento Econômico da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Mustefaga.

“Pela sua grande capacidade de produção de grãos, o Brasil é o país que tem as maiores condições de aumentar a oferta de carne de frango para esses mercados”, afirmou o técnico da CNA.

Segundo ele, a produção avícola está diretamente relacionada à oferta de soja e milho, grãos usados na ração dos animais. Na avaliação do especialista, o aumento da demanda internacional não deve afetar a oferta interna do produto porque o Brasil terá uma safra recorde de soja este ano e a produção de milho também terá um crescimento forte.

Mustefaga avaliou que a “tendência” é de elevação dos preços internacionais. Mas ele acredita que não haverá ””grande impacto”” nos preços no mercado doméstico brasileiro. Uma eventual elevação do preço interno, segundo ele, dependerá justamente do comportamento do milho e da soja no mercado internacional.

O técnico da CNA alertou, no entanto, para a necessidade de o governo brasileiro aumentar os investimentos em defesa sanitária. Segundo ele, o governo, em 2003, investiu apenas 10% do orçamento previsto para essa área.

As novas restrições ao frango americano ocorrem no momento em que missões empresariais da Coréia do Sul e do Japão negociam com o Brasil o aumento da importação de frango.

As exportações encerraram 2003 com crescimento de 20% em volume e 27% em receita – chegando a 2 milhões de toneladas e US$ 1,8 bilhão, e o Brasil tornou-se, pela primeira vez na História, o maior exportador do mundo.