Com o preço de milho negociado atualmente em seu nível mais baixo em quase quatro anos no mercado brasileiro, a BRF pode maximizar sua capacidade de armazenamento de três a quatro meses, disse o presidente executivo da companhia na sexta-feira (01), durante uma teleconferência com analistas.
“Temos uma expectativa, em relação ao nosso posicionamento em grãos, para aproveitar este momento de preço baixo e usar a nossa capacidade de estocagem, que é única no mercado. Nenhuma outra (empresa) tem a capacidade de armazenar de três a quatro meses de grãos”, disse Claudio Galeazzi durante a teleconferência, que foi realizada para discutir os resultados do segundo trimestre da BRF, divulgados na quinta-feira (31) à noite.
Maior exportadora de carne de frango do mundo, a BRF registrou lucro líquido de R$ 267,1 milhões para o segundo trimestre, um aumento de 28,1% em relação ao mesmo período do ano anterior,impulsionado pelo esforços de racionalização e redução de custos dentro da empresa, que entregaram resultados de forma relativamente rápida, apesar de uma queda em volume de quase 9% na produção de alimentos.
A BRF não espera efetuar quaisquer grandes aquisições no resto deste ano, mas está olhando para as pequenas empresas que poderiam ajudar a reforçar a sua posição em algumas regiões, disse Galeazzi.
A empresa concluiu a aquisição da Federal Foods Limited durante o segundo trimestre, uma distribuidora de alimentos nos Emirados Árabes Unidos, e finalizou a compra de uma participação de 40% na distribuidora de alimentos AKF, que tem sede em Omã, por US$ 68,5 milhões. Ambas as empresas têm distribuído os produtos da marca Sadia no Oriente Médio há mais de 20 anos.
A BRF está atualmente se preparando para formar seu inventário sazonal de fim de ano, o que pode impactar o capital de giro da empresa no terceiro trimestre, notou Galeazzi.