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Empresas - Exportações

BRF projeta exportação maior para Rússia no 4º trimestre

O diretor presidente global da BRF, Claudio Galeazzi, afirmou que as exportações da companhia para o mercado russo devem aumentar no quarto trimestre.

BRF projeta exportação maior para Rússia no 4º trimestre

O diretor presidente global da BRF, Claudio Galeazzi, afirmou na manhã da última sexta-feira (31/10) que as exportações da companhia para o mercado russo devem aumentar no quarto trimestre na comparação com o terceiro trimestre deste ano. “No que se refere às exportações para a Rússia, o resultado do quarto trimestre deve ser mais forte”, disse o executivo durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo. O mercado russo é a grande aposta do setor brasileiro de carnes neste segundo semestre do ano. A demanda da Rússia por proteínas brasileiras aumentou significativamente após o país ter embargado importações dos Estados Unidos, União Europeia e Austrália.

No terceiro trimestre de 2014, o volume das vendas externas da BRF para a Eurásia apresentou o maior crescimento na comparação anual, com avanço de 64,7%. Em relatório de resultados divulgado ontem, no entanto, a companhia afirmou que começou a direcionar suas exportações para a Rússia apenas em setembro, quando teve suas plantas habilitadas a exportar para o país. Justamente por isso, a expectativa é de crescimento dos volumes embarcados no próximo trimestre.

Mercado interno

A perspectiva da BRF para vendas no mercado doméstico durante o quarto trimestre deste ano é positiva, afirmou o diretor presidente global da companhia de alimentos, Claudio Galeazzi. Além da sazonalidade das festas de fim de ano, a empresa destaca o aumento da capilaridade no pequeno varejo, que faz parte da estratégia “go-to-market”. Segundo o vice-presidente de Relações com Investidores, Augusto Ribeiro Júnior, o crescimento de 5,2% no volume de vendas no Brasil de julho a setembro foi possível justamente pelo bom desempenho no pequeno varejo. “Este é o segmento que mais cresce no País, o que nos possibilitou um primeiro trimestre de bom crescimento em volume no mercado doméstico”, afirmou o executivo a jornalistas nesta sexta-feira, 31. Na avaliação de Galeazzi, a companhia deve seguir reportando resultados positivos no quarto trimestre e em 2015, mesmo diante de uma eventual piora da economia brasileira. Segundo o executivo, a BRF deve manter no próximo ano os seus planos de investimentos. A empresa, no entanto, ainda não forneceu projeções (guidances) para 2015. Em 2014, o investimento (capex) previsto pela alimentícia é de R$ 1,5 bilhão.

Aquisições
Apesar das limitações impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) após a fusão entre as marcas Sadia e Perdigão, a BRF ainda possui espaço para crescer por meio de aquisições no Brasil, afirmou o diretor internacional da companhia, Pedro Faria. “A noção de que estamos engessados no Brasil não é tão verdade. Temos espaço de crescimento, por exemplo, em frango in natura, onde o nosso market share é de apenas 6%”, disse o executivo a jornalistas nesta sexta-feira (31/10).

Faria, que assumirá o cargo de diretor presidente global da companhia no próximo ano, disse que recebe o comando da empresa “em uma situação fantástica”. Segundo ele, o foco de sua gestão deverá ser no crescimento da companhia. No mercado internacional, o executivo destaca a possibilidade de crescimento na Ásia, baseada principalmente no crescimento da demanda chinesa por proteína. No mercado chinês, a ideia, segundo ele, é estabelecer parcerias com companhias locais para distribuição e processamento das carnes, a exemplo do que já ocorre em Hong Kong. Em reunião pública com analistas e investidores nesta manhã em São Paulo, o presidente do conselho da BRF, Abilio Diniz, considerou Faria o executivo “ideal” para efetivar a estratégia da BRF de deixar de ser uma companhia exportadora para se tornar “uma empresa global de fato”.

Grãos
O vice-presidente de Relações com Investidores da BRF, Augusto Ribeiro Júnior, afirmou a jornalistas que a companhia pode aproveitar a queda dos preços dos grãos para continuar formando estoques. Segundo ele, a expectativa é de uma tendência de preços baixos da soja e do milho até, pelo menos, o primeiro semestre de 2015. Os grãos são utilizados na alimentação de aves e suínos e representam um custo significativo para a companhia. O executivo destacou ainda que a BRF possui a maior capacidade de armazenagem de grãos em relação a seus concorrentes.