A multinacional americana Bunge, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, líder em exportações do setor no Brasil, voltou ao azul no segundo trimestre de seu atual ano-fiscal 2009, mas ainda assim encerrou o primeiro semestre, em 30 de junho, com resultados globais acumulados mais magros do que os obtidos em igual intervalo de 2008.
Conforme balanço divulgado na quinta-feira (23/07), a receita líquida total da companhia somou US$ 10,994 bilhões entre maio e junho, 20% mais que entre janeiro e março, mas 23% menos que no segundo trimestre de 2008. O resultado operacional (Ebit) foi positivo em US$ 419 milhões, ante perda de US$ 203 milhões no primeiro trimestre, mas ainda 61% abaixo dos US$ 1,078 bilhão do no segundo trimestre de 2008.
O resultado líquido seguiu a trilha. Houve lucro de US$ 313 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo de US$ 195 no período anterior, mas em relação ao comemorado segundo trimestre do ano passado (US$ 751 milhões) a queda foi de 58%. Em comunicado, a empresa destacou a recuperação de margens entre abril e junho – apesar dos custos dos estoques de fertilizantes – e projetou um segundo semestre “sólido”.
A paralisia no mercado de fertilizantes a partir do agravamento da crise global, em setembro, deixou sua marca no balanço da Bunge no primeiro semestre. O resultado operacional total, pressionado por uma perda de US$ 315 milhões nos negócios com adubos, caiu 86% em relação ao mesmo período de 2008, para US$ 216 milhões, enquanto o lucro líquido recuou 89%, para US$ 118 milhões. A receita líquida diminuiu 25%, para US$ 20,192 bilhões.