Redação (23/06/06)- A habilitação para exportar à UE é o cartão de apresentação ao mercado importador mundial, justifica o diretor-executivo do Sindicato da Indústria da Produção Suína (Sips), Rogério Kerber, que participou, nesta semana, de reunião técnica entre os representantes do segmento e órgãos oficiais estaduais da Agricultura e governo federal em Santa Catarina.
Conforme o coordenador do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, Antônio Ferreira Neto, os estados irão se preparar para as condições de estrutura de defesa sanitária e logística exigidas num processo de auditoria a ser realizado, após, pela UE. O chefe da delegacia federal do Mapa no RS, José Severo, assegura a visita dos europeus ao Brasil no próximo semestre. Eles já enviaram documento afirmando interesse de vir. A dúvida é quanto à data e ao motivo da viagem. É uma visita espontânea, anunciada por eles. Podem olhar o controle da aftosa nos estados do centro do país, depois do foco, ou virem com uma visão mais comercial e aí sermos contemplados, adianta.
As ações de pré-auditoria ocorrerão nas Inspetorias Veterinárias, propriedades e nas indústrias. O trabalho conjunto entre os estados do Sul é conseqüência de reuniões iniciadas em 2003. Definimos que faríamos trabalho de harmonização das atividades na cadeia produtiva dando ênfase à saúde animal, salientou o diretor de mercado externo da Abipecs, Rui Vargas. A expectativa é de que, a partir do credencimento com a UE, seja possível comercializar produtos para a Bulgária, Romênia e nações do leste europeu. Segundo Vargas, o país exportou carne suína para a Europa até 1978, ano em que o Brasil teve foco de peste suína africana. Após a análise das cadeias produtivas, o Brasil oficializará convite para a UE auditar o processo produtivo no país.
Notícias Relacionadas
