Representantes de todos os elos das cadeias de grãos, aves e suínos do Estado estiveram reunidos nesta terça-feira (3), durante a 26ª edição da Fenagro, no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador, para discutir a estruturação de escoamento da produção de grãos da Bahia, focando em propostas nas áreas de infraestrutura e logística. As reuniões técnicas das Câmaras Setoriais de Grãos e de Aves e Suínos foi o momento de discutir os desafios e propostas, e definir o calendário de reuniões ordinárias que serão executadas em 2014, com o objetivo de elaborar os planos estratégicos desses setores para os próximos 20 anos.
Durante o encontro foi realizado um ciclo de palestras com representantes do setor público e bancos. A primeira delas foi ministrada pelo secretário da Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa, que traçou um panorama da atual situação dos portos da Bahia, estendendo-se às ferrovias e o potencial hídrico do Estado, como parte do escoamento da produção. O representante da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), Antônio Valença, falou sobre a utilização da hidrovia do São Francisco como alternativa logística, focado nas ações a curto prazo para estruturar o trecho Ibotirama (Juazeiro/Petrolina); o secretário executivo da Câmara Setorial de grãos, Ivanir Maia, apresentou propostas para as rodovias no Oeste da Bahia.
Para o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, essas cadeias possuem grande potencial de crescimento, destacando que o Estado produz grãos em grande quantidade, sendo, portanto rico em matéria prima para a alimentação animal. De acordo com ele, nos municípios ao longo do traçado da Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol) poderão surgir novas granjas, que deverão ser abastecidas com os grãos produzidos no Oeste.
O representante do Banco do Brasil, Marcelo Drago, apresentou a linha de crédito do banco destinada à construção de armazéns no Estado, a juros de 3,5% ao ano, prazo total para pagar de 15 anos e carência de até três anos. “O Banco do Brasil disponibilizou R$ 2 bilhões para este projeto, que resolve um grave problema da cadeia produtiva de grão. Atualmente a produção é maior do que a capacidade armazenamento, e, além disso, a incorporação de mais armazéns desafoga as rodovias e os produtores economizam com custos de aluguel de armazéns”.
O superintendente de Atração de Investimentos da Seagri, Jairo Vaz, finalizou o debate apresentando o cenário da agroindustrialização na Bahia. “Avançamos muito, através da política de atração de investimentos do governo da Bahia. Nesses três anos e meio conquistamos investimentos nacionais e internacionais superiores a R$ 15 bilhões, e esse número só tende a crescer”, disse.