Os preços da soja registram pequenas quedas na última semana, influenciados principalmente pela desvalorização do dólar frente ao Real e pela possibilidade de safra recorde. Em compensação, os preços internos do milho continuam caindo na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo o recuo de compradores e o avanço da colheita.
Conforme pesquisadores do Cepea, nem mesmo a demanda externa aquecida e a retração de produtores impediram as baixas nos preços da soja. O Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), recuou 1,7% entre 10 e 17 de fevereiro, a R$ 73,57/saca de 60 kg na sexta-feira, 17. Na média ponderada dos valores no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, a baixa foi de 2,1% no mesmo período, a R$ 68,38/sc de 60 kg.
Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho voltou a cair, acumulando baixa de 1,4% em sete dias e fechando a R$ 36,06/sc de 60 kg na sexta-feira, 17. Segundo pesquisadores do Cepea, o avanço da colheita na região noroeste paulista e a preferência de produtores em negociar o cereal em detrimento da soja reforçam a pressão sobre o Indicador. Do lado da demanda, alguns compradores com necessidade imediata relatam certa dificuldade em adquirir o milho. Além do volume colhido ainda ser baixo, o aumento de frete dos últimos dias restringiu a disponibilidade de caminhões, comprometendo a entrada de cereal de outros estados no mercado paulista.