No Dia Internacional da Mulher, a revista Avicultura Industrial destaca a entrevista com Camila Brito, analista de Suínos, Aves e Ovos do Cepea. Falando sobre o preço dos ovos, Camila traça um paradoxo sobre o que motivou a alta e destaca o preço elevado do milho.
Temendo prejuízos maiores, os produtores ampliaram o número de descarte de aves nas granjas, que nessa época do ano já ocorre de forma programada. Esse movimento já vinha ocorrendo desde o segundo semestre de 2015, quando os alojamentos excessivos tinham causado excesso de oferta de ovo no mercado brasileiro, derrubando os preços.
Com uma menor quantidade de poedeiras em produção, e diante do natural aquecimento da demanda no primeiro semestre, os valores pagos pelo ovo voltaram a subir significativamente. Embora com valores recordes, a manutenção da cotação elevada da saca de milho tem impedido grandes ganhos econômicos para os produtores, que continuam com suas margens apertadas. Uma queda nos preços do cereal só é esperada para o segundo semestre, dependo dos resultados da segunda safra.
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“Essa alta nas cotações talvez leve os agricultores a plantar mais milho na segunda safra. O que poderia diminuir a pressão dos preços. Por outro lado, também é preciso avaliar qual será a demanda externa pelo produto brasileiro. O País tem exportado muito milho. Seria necessário fazer um balanço dos estoques finais para se ter uma noção da oferta disponível para atender ao setor de proteína animal”, afirma Camila Brito Ortelan, analista de Suínos, Aves e Ovos do Cepea.
Nessa entrevista para a Avicultura Industrial, Ortelan aponta todo o cenário que resultou em preços recordes na caixa de 30 dúzias de ovos, apontando os principais fatores de ampliação das exportações brasileiras do produto, assim como as tendências para o segundo semestre desse ano.
