Redação (13/09/06)- “Tudo está dentro do roteiro.” Assim Paulo Picchetti, economista responsável pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) explicou a elevação da taxa de inflação neste início de mês.
A alta ocorreu também no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), Índice de Custo de Vida do Dieese e Índice de Custo de Vida da Classe Média, da Ordem dos Economistas de São Paulo.
A pesquisa da Fipe se refere à média de preços de 30 dias até 7 deste mês, enquanto a dos demais inclui os preços de agosto.
Entre os fatores de baixa no índice da Fipe estão os gastos com habitação. Energia elétrica e telefone terão pressões menores devido à queda no IGP-M acumulado.
A pesquisa da Fipe indica, ainda, que a redução dos preços do álcool praticada pelas usinas começa a chegar com mais intensidade às bombas.
O setor de alimentação voltou a pressionar os preços com as elevações das carnes de frango e bovina. O frango, item de maior pressão nas últimas quatro semanas, subiu 7,31%. A carne bovina começa a subir e está em R$ 60 por arroba no pasto.
O IGP-M teve alta de 0,21% no primeiro decêndio do mês -comparação dos preços médios dos dias 21 a 31 de agosto ante a média de 21 de julho a 20 de agosto.
O ICV do Dieese, após quatro meses em queda, subiu 0,32% com pressões de alimentos, transportes e saúde.
Já a inflação da classe média, da Ordem dos Economistas de São Paulo, subiu 0,16% em agosto, puxada por saúde e alimentos.