Redação SI (07/05/07) – Esse volume representa um crescimento de 113,57% sobre as 28,850 mil toneladas exportadas no mesmo mês do ano passado.
Em receita, o valor obtido com os embarques no período totalizaram US$ 121,731 milhões, incremento de 113,31% sobre o valor de US$ 57,068 milhões recebido em abril de 2006. No acumulado do primeiro quadrimestre, o Brasil soma embarques de 180,211 mil toneladas, ante as 128,211 mil toneladas embarcadas nos quatro primeiros meses de 2006, o que representa um aumento de 40,56%. Em receita, o valor obtido no período foi de US$ 341,690 milhões, acréscimo de 46,35% sobre a receita de US$ 233,482 milhões verificada entre janeiro e abril do ano passado.
Segundo o presidente executivo da associação, Pedro de Camargo Neto, o volume registrado no mês passado reconfirma a estimativa inicial que previa exportações em 2007 muito próximas as de 2005, recuperando a queda do ano passado, resultado dos embargos de diversos países, resultantes do foco de febre aftosa em bovinos do Mato Grosso do Sul e suas conseqüências no Paraná.
O dirigente afirma que todos os principais destinos apresentaram crescimento. "O destaque continua sendo a Rússia, com volume de 33 mil toneladas, caracterizando exportações recorde de diversas empresas do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, únicos dois Estados da Federação liberados para exportar para aquele país", comenta. Acrescenta que esses dois Estados ampliaram suas instalações no sentido de eliminarem gargalos à produção, além de remanejarem seu foco comercial para a exportação destinada à Rússia, deixando outros países e o mercado interno para os demais Estados. "Permanece a enigmática restrição a exportação pela Rússia aos demais Estados", comenta.
Camargo Neto entende que a perspectiva de médio prazo para as exportações de carne suína segue otimista. "A Sessão Geral do Comitê Internacional da OIE – Organização Internacional de Saúde Animal, que será realizada em Paris nos próximos dias 21 a 25 de maio, deve avaliar o novo status sanitário do Estado de Santa Catarina, que se espera seja aprovado como livre de febre aftosa sem vacinação", analisa. Esta será a primeira região do Brasil a atingir o objetivo de erradicação da doença, oferecendo impulso a abertura de novos mercados ainda com restrições devido à questão sanitária.
O dirigente salienta que é aguardada, para muito breve, a abertura do mercado chileno, que vinha há anos exigindo o fim da vacinação em bovinos para liberar as importações de carne suína. "Essa questão foi tratada na recente visita do Presidente Lula a esse país, esperando-se um resultado satisfatório logo após a formalização do novo status sanitário pela OIE", afirma.
Camargo Neto acrescenta que a missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ser realizada no mês de junho ao México, deve oferecer novo impulso a abertura daquele país. "Missões das autoridades sanitárias do Japão e da União Européia ao Brasil devem ocorrer ainda no segundo semestre de 2007, também oferecendo amplas possibilidades para o crescimento das exportações no médio prazo", finaliza.