Continua a crise no setor de carne suína no Rio Grande do Sul, mesmo com pequeno aumento no preço pago ao produtor, uma vez que o custo de produção aumentou muito, em virtude do farelo de soja ter tido grande aumento de preço. A indústria ainda acumula estoques pela dificuldade de exportação. Produtores aguardando abertura de exportações em função de vistorias de missão russa a frigoríficos do Estado.
O preço médio do suíno na semana passada, em 31/07, aumentou para R$ 2,44/kg/vivo. O preço médio da saca de milho aumentou para R$ 30,96/sc/60 kg. O preço médio da tonelada de farelo de soja aumentou para R$ 1.276,67 à vista e R$ 1.303,33 com 30 dias de prazo. A cotação agroindustrial do suíno está entre R$ 2,00 e R$ 2,10.
Dados comparativos com o ano passado, no mesmo período: O preço médio do suíno no RS estava em R$ 2,54. O preço mínimo era de R$ 2,42 e o máximo era de R$ 2,70/kg/vivo. O preço médio da saca de milho era de R$ 27,55 e a tonelada de farelo de soja à vista era de R$ 616,25 e R$ 625,00 com 30 dias de prazo, ambos no preço na pedra. A cotação agroindustrial do suíno se mantinha entre R$ 2,00 e R$ 2,10/kg/vivo.
Com a análise retrospectiva do passado e a comparação com a atual situação da atividade, podemos observar o quanto as unidades produtivas integradas de suínos na região de Lajeado (RS) estão com custos de produção altos em virtude da elevação dos preços dos alimentos (especialmente farelo de soja e milho). Essa situação afeta tanto os suinocultores integrados como os produtores independentes.
Nesta semana que passou, o quadro de preços pagos melhorou um pouco, porém, o mercado ainda apresenta sérios problemas. Ao que parece, ainda faltam muitas medidas de natureza gerencial e técnica e políticas públicas que restabeleçam o equilíbrio da cadeia suinícola como um todo. As informações partem do boletim semanal divulgado pela Emater (RS).