No que depender de uma missão de veterinários americanos que acaba de passar um mês no Brasil, a carne suína produzida em Santa Catarina poderá finalmente receber sinal verde para ser exportada aos Estados Unidos.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, técnicos americanos iniciaram os trabalhos em fevereiro e visitaram duas plantas frigoríficas no Estado do Sul, de duas grandes empresas de proteínas animais, para avaliar suas condições. Além disso, foram mantidas as autorizações para exportação de carne bovina enlatada e “jerked beef”. O relatório oficial da missão deverá ser divulgado em 60 dias.
Segundo Marques, a visita foi satisfatória e os americanos deram sinal verde para os embarques, mas pediram a resolução de alguns “desacordos em regras de produção”. Uma das unidades visitadas estava em condições ideais, de acordo com Marques. A segunda tinha normas em desacordo com as preferências americanas.
Outro ponto foi a falta de fiscais agropecuários dentro das empresas. O governo está com déficit de funcionários dentro das empresas e deve corrigir o problema nos próximos meses. Hoje, alguns funcionários são cedidos, mas existem vagas não preenchidas. “A autorização será uma vitória para o setor. Nós nunca exportamos carne suína in natura para os Estados Unidos”, afirmou o secretário.
Segundo dados da Secretaria de Comércio (Secex) compilados pela Abipecs, associação que representa produtores e exportadores brasileiros de carne suína, os embarques do produto somaram 40,8 mil toneladas e renderam US$ 212,9 milhões no primeiro bimestre deste ano, aumentos de 6,52% e 9,87%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.
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