O Paraná alcançou o segundo melhor desempenho de sua história em exportações de carne suína no primeiro semestre de 2024. Entre janeiro e junho, foram exportadas 79 mil toneladas do produto, ligeiramente abaixo do recorde de 81 mil toneladas registrado no mesmo período de 2023. Os dados são do último Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
De acordo com o relatório, a redução em relação ao ano anterior deve-se, em parte, à diminuição das exportações para mercados-chave do Paraná, como Hong Kong, Argentina, Uruguai e Albânia. Apesar disso, o Paraná exportou carne suína para 70 países no primeiro semestre de 2024, com destaque para o crescimento das exportações para Vietnã (+69%), Geórgia (+41%), Angola (+29%), Cuba (+152%), Costa do Marfim (+93%) e República Dominicana, que se tornou um dos dez principais destinos em termos de volume.
No primeiro semestre, a República Dominicana importou 1,4 mil toneladas de carne suína do Paraná, correspondendo a 20,7% do total adquirido do Brasil. O Paraná é o segundo maior exportador para o país caribenho, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que exportou 4,6 mil toneladas (67,5% do mercado), e à frente de Santa Catarina, com 815 toneladas (11,9%). Em termos financeiros, o Paraná vendeu para a República Dominicana US$ 2,8 milhões, enquanto o Rio Grande do Sul exportou US$ 10 milhões e Santa Catarina, US$ 1,7 milhão.
Priscila Cavalheiro Marcenovicz, médica veterinária do Deral e responsável pelo setor de suínos, destacou que a abertura de novos mercados atesta o rigoroso controle sanitário do Estado. “A República Dominicana é um dos países que adquire carne suína exclusivamente de estados brasileiros reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa sem vacinação, status alcançado pelo Paraná em maio de 2021”, explicou.
Além da República Dominicana, o Paraná conquistou novos mercados em 2024, com pelo menos 12 países começando a importar carne suína paranaense. Entre esses novos mercados estão Maurício, Malásia, Quênia, Camboja, Afeganistão, Laos, Guiné, Timor-Leste, Tanzânia, Nauru, Uzbequistão e Dominica.
O objetivo é expandir ainda mais as exportações. O Governo do Estado está ativamente buscando novos mercados, especialmente após a certificação de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Embora esses novos mercados não representem os maiores volumes exportados, a ampliação das relações comerciais reflete a contínua busca por novas oportunidades e demonstra a confiança dos importadores na qualidade do produto paranaense”, enfatizou.
Em março de 2024, uma comitiva chinesa visitou o Paraná para avaliar as condições de sanidade animal e frigoríficos locais, com o intuito de estabelecer relações comerciais com a China, que ainda não importa carne suína paranaense.
O Paraná, mesmo com sua forte presença no mercado externo, continua sendo o principal fornecedor de carne suína para o consumo interno. Em 2023, o estado forneceu 992 mil toneladas, seguido por Santa Catarina com 916 mil toneladas e Rio Grande do Sul com 628 mil toneladas.
No cenário nacional, o Brasil registrou o melhor primeiro semestre da história em exportações de carne suína, com aproximadamente 590 mil toneladas embarcadas, um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram exportadas cerca de 579 mil toneladas.
Fonte: Governo do Paraná