A indústria de carne suína é um dos novos setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos anunciada hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A medida substituirá a contribuição patronal de 20% ao INSS por uma alíquota de 1% sobre o faturamento.
A medida se insere no esforço do Palácio do Planalto para elevar a competitividade da economia brasileira. Ao cortar encargos que encarecem a contratação de funcionários, a desoneração da folha estimula o emprego e pode baratear produtos de indústrias que usam muita mão-de-obra.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, participou da reunião com Mantega, no final da manhã. Em sua avaliação, a medida é bastante positiva e chega em boa hora, pois ajudará o setor a enfrentar uma conjuntura difícil, com a elevação dos custos de produção devido à alta dos insumos, principalmente o farelo de soja.
O principal benefício da desoneração da folha de salários é tornar o setor mais competitivo frente aos concorrentes internacionais, como os EUA, a União Europeia e o Canadá.
No Brasil, a indústria de carne suína, com 190 mil empregados, ainda ocupa bastante mão-de-obra, mais do que nos concorrentes, onde o setor já é bastante automatizado. As indústrias do setor, no Brasil, se concentram principalmente nos estados do RS, SC, PR, MT, MS, MG e Goiás.