Santa Catarina vive a expectativa da abertura do mercado da carne suína para a Coreia do Sul, buscado há, pelo menos, dez anos. Apesar do negócio concretizado, o estado só deverá sentir os efeitos deste negócio a partir do segundo semestre deste ano. Esta é a previsão do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suíno, Losivânio de Lorensi.
A notícia da autorização da importação ocorreu na primeira semana deste ano, mesmo período em que houve confirmação de queda de dez centavos no preço do suíno pago ao produtor. Lorensi comenta que a abertura do mercado vem num bom momento, mas não resolve de imediato a fase turbulenta por que passa o setor.
No entanto, o setor ainda espera que até o fim do primeiro trimestre o preço volte a subir para o produtor. Até que as exportações à Coreia do Sul iniciem, além da parte burocrática, o setor trabalha na manutenção de outros mercados, como é o caso da Rússia. Losivânio lembra que o país costuma embargar a carne brasileira em alguns momentos do ano.
A expectativa é de que Santa Catarina envie, inicialmente, 33 mil toneladas de carne suína por ano para aquele país, o que representa uma receita de US$ 108 milhões. Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. São 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína.