Com o plano de ações recém planejado, o estado do Ceará não quer perder tempo no desenvolvimento da suinocultura. Inseridos no Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) há menos de um mês e com plano de ações focado a partir de 2011, quando estará oficialmente integrando o PNDS, a Associação de Suinocultores do Ceará (Asce), capacitou na última semana de novembro sete instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/CE) em multiplicadores de cortes.
Realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e com apoio do Sebrae/CE que também é parceiro do projeto, a capacitação contou com a parte teoria e prática. O diretor executivo da ABCS e também médico-veterinário, Fabiano Coser, orientou os participantes em relação às Boas Práticas para Serviços de Alimentação, que abrange os procedimentos que devem ser adotados nos serviços de alimentação, a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. “O trabalho do manipulador de alimentos é fundamental para garantir alimentos mais seguros e proteger a saúde dos consumidores”, explicou Coser. Ainda no mesmo dia, os profissionais contaram com a orientação do mestre açougueiro Daniel Furtado, profissional que está atuando nos estados do PNDS, no desenvolvimento dos cortes suínos. “Em apenas um dia, os profissionais já haviam dominado a técnica e estavam realizando os cortes sem auxilio”.
O presidente da Asce, Paulo Helder, destacou a necessidade de se iniciar as ações pela capacitação em cortes. “A apresentação da carne suína aqui no Ceará ainda é muito limitada, contamos com três cortes principais como pernil, bisteca e costela. Para que possamos fomentar o consumo é preciso preparar os profissionais de frigoríficos e açougues de forma massificada e não poderíamos fazer esse trabalho sem o auxilio do Senar”. O objetivo da Associação é iniciar a preparação desses profissionais em janeiro de 2011 na cidade de Fortaleza.
Notícias Relacionadas
Flávio Saboya, presidente eleito da Faec e superintendente do Senar/CE, acredita que o Projeto trará grandes benefícios para a suinocultura do Estado. “Nós consideramos essas ações nos três elos da cadeia da mais alta importância e esperamos que haja sucesso no aumento de consumo”.
Lançamento do PNDS
Em uma cerimônia no dia 24 de novembro foi oficializado o lançamento do PNDS no estado, com presença de mais de 80 pessoas entre lideranças da suinocultura, parceiros e suinocultores da região. Durante o evento, Fabiano Coser apresentou aos presentes diversos resultados atingidos pelos estados atuantes em 2010 no intuito de incentivar os suinocultores cearenses nas ações no próximo ano.
O articulador da Unidade Setorial do Agronegócio do Sebrae/CE, Germano Bluhm, reafirmou o compromisso de parceria do Sebrae/CE com o PNDS no estado e destacou os resultados que o projeto possa trazer para o aumento de consumo da carne suína no estado. Já o diretor-técnico da ASCE, Marcos Tavares, explicou que a entidade dará enfoque nas ações que visam aprimorar a venda de carne suína, com curso de cortes em supermercados e frigoríficos, como exemplo, citou a capacitação dos profissionais do Senar que foi realizada naquele dia.
Em comemoração aos 30 anos da Asce, a ABCS entregou ao presidente da entidade um troféu por estes anos de atividades, com uma história de desafios e conquistas na suinocultura nordestina. Vanderilo Alverne de Paula Pessoa, também recebeu uma placa em homenagem pelos 30 anos de empenho e dedicação nos serviços prestados à suinocultura cearense e à Associação de Suinocultores do Ceará.
“O evento foi muito satisfatório porque produtores se sensibilizaram e entenderam que é uma grande oportunidade para o desenvolvimento da suinocultura cearense um projeto orçado em 1 milhão de reais com aportes públicos e privados para três anos exclusivamente para desenvolver o setor suinocultura” explicou o presidente da ABCS, Irineu Wessler e ainda destacou “há um grande mercado a ser explorado no Nordeste e a carne suína tem grande potencial de aumento de consumo tendo em vista o baixo consumo regional comparado ao nacional”.
