Cuidar de suínos faz parte da rotina do criador Mário Fries há mais de 20 anos. Ele cria 400 matrizes e vende leitões para a empresa integradora. Em tanto tempo, já enfrentou muitos altos e baixos. “Eu mesmo já vendi bens para sustentar a atividade. Então, nestas ocasiões a gente tem que recuperar isso”, diz.
A ocasião a que Mario se refere é o bom momento da suinocultura, com a carne bem valorizada. Há dois anos, um leitão valia R$ 50, hoje o produtor vende a R$ 100. “No tempo do real não teve esse preço”, afirma.
O presidente da integradora e também criador de suínos, Mário Lanznaster, explica que a alta no preço, tem relação com a crise anterior, enfrentada pelos criadores em 2012. “O pessoal se apertou por pagar milho a R$ 30, R$ 35 o saco, não conseguiu, é incompatível com a atividade, muitos desistiram, muitas empresas também quebraram e hoje ficou algo equilibrado. A procura está equivalente à própria oferta”, explica o presidente da Cooperativa Aurora.
Além do produto estar mais valorizado, o criador também vem economizando em um dos principais insumos da propriedade: o milho esta mais barato este ano. Na composição da ração das matrizes 65% é milho, então qualquer queda no preço é bem vinda. “O preço da saca está R$ 25,50. É um bom preço. Fazia tempo que ele não estava baixo assim”, diz.
Sempre que pode, Mario investe na criação. O sonho de crescer aos poucos foi se concretizando. Com o dinheiro da venda de uma parte do sítio para uma imobiliária e um empréstimo no banco, ele comprou um novo terreno e está construindo uma estrutura moderna que vai abrigar mil matrizes.
“Todo mundo está modernizando, aproveitando o bom momento, no caso aqui a diferença é a automação dele, a alimentação automática, nebulização para o bem estar do animal, ventilação. A gente financiou porque estamos acreditando que vai dar certo. Estou otimista”, declara.