A redução na oferta mundial de carne suína elevou os preços da proteína no mercado internacional, favorecendo as exportações neste primeiro semestre do ano. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (APBA), apontam que o preço médio no mercado internacional subiu 36,01% somente em julho, comparando-se com o mesmo período do ano passado. No mês passado o valor da tonelada chegou a US$ 3.401.
As vendas externas em julho totalizaram US$ 139,37 milhões, aumento de 10,49% na comparação com julho de 2013. No acumulado do ano, a receita atingiu no primeiro semestre do ano US$ 838,24 milhões, aumento de 10,82% no comparativo com o mesmo período de 2013. Contudo, no primeiro semestre do ano o volume de carne suína embarcada caiu 4,85% em relação a 2103 na mesma base de comparação.
Rui Eduardo Saldanha Barros, vice-presidente do departamento de suínos da ABPA, afirma que os embarques para 2014 (jan-dez) devem ficar na casa de 600 mil toneladas, 16,05% a mais do que em 2013. Em receita, a previsão é atingir o montante de US$ 1,7 bilhão, contra US$ 1,36 bilhão arrecadado no ano passado. Barros completa que o interesse russo em importar mais carne suína deve elevar o volume mensal de embarque até dezembro.
Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA observa que o Brasil está no centro das atenções porque possui qualidade e não tem nenhum problema sanitário para enfrentar, por isso é um grande mercado. Só em julho, o Brasil encaminhou para a Rússia 14.171 toneladas de carne suína.