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Cenário promissor para os embarques de carnes

<p>Entidades assinam convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações.</p>

Redação (05/09/2008)- Embaladas pela demanda aquecida e pela abertura de novos mercados, as exportações brasileiras de carne de frango poderão chegar a US$ 14 bilhões em 2011, o dobro do valor projetado para este ano. Já os embarques de carne bovina poderão alcançar US$ 15 bilhões em 2013, o triplo do previsto para 2008, desde que o país também invista mais em sanidade e rastreabilidade para evitar a imposição de barreiras comerciais contra o produto.

As projeções foram feitas na quinta-feira pelos presidentes da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Gianetti da Fonseca, na Expointer, em Esteio (RS). Os dois assinaram novos convênios com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), de R$ 4,7 milhões e R$ 7,6 milhões, respectivamente, para o período de setembro de 2008 a agosto de 2010.

Os recursos, aportados pela Apex e pelas empresas conveniadas aos projetos, servem para bancar ações de divulgação e participação dos produtos brasileiros em feiras internacionais. Os convênios anteriores (2006-2008) foram de R$ 2,7 milhões com a Abef e de R$ 7,8 milhões com a Abiec. Conforme Turra, os próximos eventos programados para o setor são o Salão Internacional de Alimentos (Sial) em Paris, em outubro, e workshops em Bruxelas e na Índia em novembro e dezembro.

Segundo o presidente da Abef, o país tem os desafios de abrir mercados como México, Índia, Malásia, Indonésia e África do Sul e de consolidar outros como a China, que já habilitou 22 plantas frigoríficas brasileiras para exportar àquele país. Para 2008, ele prevê altas de 15% no volume das exportações, para 3,8 milhões de toneladas, e de 40% na receita, para US$ 7 bilhões, graças aos produtos de maior valor agregado.

Gianetti da Fonseca disse que os embarques de carne bovina deverão recuar 20% neste ano ante as 2,5 milhões de toneladas equivalente-carcaça de 2007 em função do aumento dos preços internacionais e do embargo da União Européia à carne brasileira. Mas a mesma alta das cotações e o maior valor agregado dos produtos devem ampliar a receita de US$ 4,4 bilhões para US$ 5 bilhões. "Se em oito anos o valor quintuplicou, triplicar nos próximos cinco é factível", comentou. Segundo a Apex, entre os objetivos para o período 2008-2010 estão a abertura dos mercados dos EUA e da UE para a carne in natura.